Disfunções musculoesqueléticas estresse emocional em professores do ensino público durante a pandemia de covid-19

Autores

  • Vanessa Rodrigues Gomes Meier Autor

Palavras-chave:

Docentes, Dor Musculoesquelética, Estresse

Resumo

Introdução: A docência apresenta inúmeras responsabilidades além de ensinar, necessitando de um intenso envolvimento cognitivo e físico dos professores. Com o cenário da pandemia de covid 19, as mudanças na forma de organização do processo
de trabalho e as inserções de novas tecnologias geraram mudanças no cotidiano dos professores, deixando-os vulneráveis ao sofrimento e ao adoecimento. Objetivo: Identificar as principais disfunções musculoesqueléticas e sua relação com o estresse
emocional em professores do ensino público durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, onde foram coletados dados de 111 professores do ensino público do Estado do Paraná, Brasil. Foi utilizado um formulário, enviado por meio eletrônico, que continham questões sobre as variáveis sociodemográficas e também os seguintes instrumentos: Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares – QNSO, Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta, a Escala visual analógica da dor e a Escala de Estresse Percebido (PSS-10). Resultados: A idade média da população estudada foi de 46,78 (±7,7) anos, o tempo médio de atuação em docência foi de 19,6 (±8,6) anos, a carga horária média de trabalho semanal foi de 36,22(±8,9) horas. Dos docentes avaliados 96,4% apresentaram sintomas osteomusculares, sendo que as maiores
prevalências de queixas relatadas foram na coluna cervical, ombro e quadril, com média de intensidade de dor de 2,91 em uma escala de 0 a 10. Já em relação ao estresse, 88,3% dos professores apresentaram pontuação categorizada como “médio nível de estresse” e 54,05% dos professores que se encontram irregularmente ativos. Foi identificado uma correlação entre níveis de estresse e nível de atividade física (r=-0,20; p=0,03), assim, quanto maior o nível de estresse, menor nível de atividade física foi observado. Identificou-se também uma associação entre ter ministrado aula online no último ano e a presença de pelo menos um evento de afastamento médico (X2 3,64; p=0,05). Foi encontrada uma correlação negativa entre carga horária semanal e nível de estresse (-0,21; p=0,04), assim indivíduos com maior carga horária semanal apresentavam menor nível de estresse. Conclusão: Neste estudo observou-se uma alta prevalência de sintomas musculoesqueléticos e estresse na população estudada, sendo que os professores que se encontravam menos ativos apresentaram maior nível de estresse.

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Publicado

2025-07-03

Como Citar

Disfunções musculoesqueléticas estresse emocional em professores do ensino público durante a pandemia de covid-19. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 11(2), 61. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/250

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