A relação entre os músculos do assoalho pélvico, funcionalidade lombar e incontinência urinária em mulheres com dor lombar

Autores

  • Douglas Lima de Abreu Autor

Palavras-chave:

Dor Lombar, Assoalho Pélvico, Incontinência Urinária, Força Muscular

Resumo

Introdução: A dor lombar de origem não específica é a apresentação mais comum e está associada a alguns fatores de risco tais como idade e sexo, fatores estressantes, comorbidades e comprometimento da musculatura do tronco. Uma das possíveis causas de dor lombar é a instabilidade das estruturas musculoesqueléticas do tronco. A estabilidade lombopélvica é um sistema que depende do controle muscular do transverso do abdômen (TrA), diafragma, multífidos e músculos do assoalho pélvico (MAP). A ativação dos MAP e músculos abdominais de forma coordenada é importante para manter a continência urinária e a estabilidade do tronco. Objetivo: Analisar a relação entre a força dos músculos do assoalho pélvico, funcionalidade lombar e incontinência urinária em mulheres com dor lombar. Métodos: Foram selecionadas mulheres de idade entre 40 e 65 anos com dor lombar, na cidade de Macaé, Rio de Janeiro, no período de dezembro de 2015 a Abril de 2016. As participantes realizaram uma anamnese fisioterapêutica e em seguida responderam aos questionários Oswestry Disability Index (ODI) e Escala Numérica de Dor (END). Após, foi identificado o grau de força muscular dos músculos do assoalho pélvico (MAP) por meio da palpação bidigital, utilizando a escala de Oxford modificada e o teste de capacidade de ativação do músculo transverso do abdômen (TrA), utilizando a unidade de biofeedback
pressórico Stabilizer®. Resultados: No total, 57 mulheres participaram do estudo, porém três foram excluídas no grupo Sem IU devido apresentarem tumores. Foram incluídas 54 mulheres, sendo 23 Sem IU (43%) e 31 Com IU (57%). Os grupos eram
homogêneos quanto às características demográficas, as características da dor, o índice de massa corporal, variáveis do estilo de vida e a função lombopélvica (incapacidade lombar). O histórico ginecológico (vias de parto, estado do climatério, uso de reposição
hormonal, atividade sexual, histórico de doença sexualmente transmissível, menopausa, cirurgia ginecológica e uso de contraceptivo) e a função intestinal não apresentaram diferenças estatisticamente significativas no teste do qui-quadrado. Não houve diferença estatisticamente significativa na força dos MAP (p= 0,61) e na capacidade de ativação do TrA (p= 0,4) em mulheres com dor lombar com ou sem IU. Não houve correlação significativa entre os MAP e a END, TrA, ODI, tempo de dor e idade. Nas mulheres que apresentavam IU o teste ANOVA de Kruskal-Wallis evidenciou não haver diferença estatisticamente significativa na intensidade de dor, incapacidade lombar e força dos MAP entre os três grupos de IU. Entretanto, a média da capacidade de
ativação do transverso do abdômen esteve reduzida no grupo de IU de urgência quando comparada aos demais grupos (IU urgência = 2,86 mmHg; IU esforço = 8,69 mmHg; IU mista = 6,6 mmHg; p = 0,016). Conclusão: Os resultados encontrados neste estudo sugerem que a presença de IU em mulheres com dor lombar não está diretamente relacionada com a perda da função muscular da coluna lombar. A força insuficiente dos MAP pode ser determinante para a presença do quadro de dor lombopélvica e IU em mulheres.

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Publicado

2025-05-20

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

A relação entre os músculos do assoalho pélvico, funcionalidade lombar e incontinência urinária em mulheres com dor lombar. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 6(1), 52. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/98

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