Efeito imediato da ativação neuromuscular na dinâmica articular do joelho em mulheres com dor patelofemoral: um ensaio clínico randomizado
Palavras-chave:
Síndrome da Dor Patelofemoral, Joelho, Exercício Terapêutico, Força MuscularResumo
Introdução: A dor patelofemoral (DPF) é um termo geral utilizado para descrever a sensação dolorosa nas faces anteriores e nas regiões adjacentes ao redor da articulação do joelho. Fraqueza e falta de controle neuromuscular dos músculos do quadril e joelho podem levar a mudanças na dinâmica das articulações dos membros inferiores durante os movimentos, como fica evidente em tarefas como postura unipodal e agachamento unipodal. Como contramedida a essa condição clínica, os exercícios de força foram amplamente aplicados como abordagem terapêutica para a DPF, com evidências consistentes de sua eficácia. No entanto, quais tipos de exercícios de força são mais adequados para essa condição ainda é uma questão de debate. Objetivo: O objetivo do estudo foi investigar o efeito imediato de exercícios de força sobre o valgo dinâmico do joelho e a sensação de dor mulheres com DFP. Métodos: Uma amostra de conveniência de 19 mulheres participou deste ensaio clínico randomizado. Com base no exercício executado, os participantes foram alocados em um grupo clamshell (N=4), agachamento afundo (N=7) ou abdução do quadril (N=8). Antes e depois desses exercícios, os participantes realizaram (1) um teste de agachamento unipodal e (2) um teste de descida da caixa. Em ambas as tarefas, foram realizadas gravações de vídeo e relato de sensação de dor. Os vídeos foram usados para estimar o deslocamento angular e linear da articulação do joelho no plano frontal para estimativa do pico do ângulo de valgo. As mudanças no relato de dor foram analisadas com o teste do qui-quadrado. Os valores delta (pós- menos pré-intervenção) para o ângulo do joelho foram calculados e usados para comparação entre os grupos (Kruskal-Wallis) e para comparação com valor de referência zero (teste t de uma amostra), assumindo alfa igual a 5%. Resultados: Oito participantes (42% da amostra) apresentaram alterações no relato de sensação de dor após os exercícios, sendo que 6 deles (2 em cada grupo) alteraram sua resposta de “presença de dor” para “ausência de dor”; nenhum efeito de grupo foi encontrado (P=0,254). Os valores de delta-intervenção para o pico do ângulo de valgo não apresentaram diferenças entre grupos (P>0,781) ou diferenças do valor zero (P>0,148). Conclusão: Diferentes tipos de exercícios resultam em uma mudança pequena, mas semelhante, no relato da sensação de dor, sem diferenças em relação ao pico do ângulo de valgo durante tarefas dinâmicas.
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