Comparação da cinemática, senso de posição e de movimentodo membro superior em pacientes com síndrome do impacto subacromial e assintomáticos

Autores

  • Heliano Silva de Oliveira Autor

Palavras-chave:

Síndrome do Impacto do Ombro, Propriocepção, Cinestesia, Dinamômetro de Força Muscular, Fenômenos Biomecânicos

Resumo

Introdução: A articulação glenoumeral quando se encontra lesionada e instalado quadro álgico, pode gerar na maioria dos casos, alterações na motricidade podendo provocar alterações proprioceptivas, interferindo na eficiência, precisão e potencializando a diminuição qualitativa das praxias. Objetivo: Comparar o senso de posição articular, cinestesia e o comportamento cinemático durante o movimento de elevação do braço em pacientes com síndrome do impacto subacromial. Métodos: Foi realizado um estudo do tipo caso-controle e simples cego em 10 pacientes com síndrome do impacto subacromial e 10 indivíduos saudáveis, selecionados no Serviço de Reabilitação Físico-Funcional da Marinha do Brasil e no Serviço de Fisioterapia da Policlínica Naval Nossa Senhora da Glória. Os participantes incluídos sintomáticos foram aqueles com diagnóstico clínico de síndrome do impacto
subacromial, preencheram o questionário sociodemográfico, realizaram exame clínico para a extremidade superior e questionários autoaplicáveis de intensidade de dor (Escala Numérica de Dor) e funcionalidade (Índice de Dor e Incapacidade no Ombro - SPADI-Brasil). Em seguida, os participantes realizaram a avaliação do senso de posição e cinestesia, utilizando o dinamômetro isocinético e avaliação da funcionalidade do ombro utilizando análise cinemática. Para os participantes assintomáticos foram aplicadas as mesmas atividades dos sintomáticos. Resultados: Os sintomáticos apresentaram na escala analógica de dor 4,8 (± 2,2) e 46,2% de pontuação SPADI-total. Observou-se a diferença significativa para o senso de posição ativo para rotação medial (grupo sintomático: 3,9 ±2,2; assintomáticos: 1,5 ± 1,1, p=0,011) e cinestesia para rotação medial (grupo sintomático: 16,8 ±1,6; assintomáticos: 6,3
±6,3, p= 0,001).A cinemática mostrou diferenças quantitativas entre os grupos, porém sem significância estatística.Na análise de correlação entre os dados clínicos e a análise cinemática, observou-se forte correlação negativa entre as variáveis clínicas, proprioceptivas e cinemáticas. A intensidade de dor se correlacionou com a velocidade máximanas fases concêntrica e excêntrica (r =- 0,643 r =-0,745); a aceleração máxima na fase concêntrica e excêntrica (r = -0,694, r = -0,672); e a desaceleração máxima na fase excêntrica (r = -0,545). A incapacidade do ombro se correlacionou com a velocidade máxima excêntrica (r = -0,833); a aceleração máxima e desaceleração máxima na fase excêntrica (r = -0,772, r = - 0,737). Conclusão: Indivíduos com SIS apresentaram redução da acuidade proprioceptiva. A cinemática evidenciou uma tendência de comprometimento no comportamento motor do membro superior durante sua elevação. A propriocepção, a intensidade da dor e o nível de incapacidade estão negativamente relacionados ao padrão de movimento dos sintomáticos.

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Publicado

2025-05-20

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Comparação da cinemática, senso de posição e de movimentodo membro superior em pacientes com síndrome do impacto subacromial e assintomáticos. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 6(1), 71. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/109

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