Efeito imediato da oclusão vascular e manobra miofascial na força muscular de quadríceps femoral: um estudo comparativo
Palavras-chave:
Fáscia, Treinamento de Força, Isquemia Pré-Condicionamento, Liberação Miofascial, Oclusão VascularResumo
Introdução: Na última década, diversos estudos discutem o ganho de força por meio da oclusão vascular (OV), como também novas metodologias e protocolos de intervenção. Entretanto, os mecanismos, as respostas fisiológicas e a sua associação com outras estratégias de intervenção na força muscular ainda não são conclusivos na literatura. Especialmente, nas manobras de liberação miofascial e suas respostas na força muscular. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo comparar os efeitos da manobra miofascial e da OV no desempenho de força muscular em indivíduos adultos jovens hígidos. Métodos: Neste estudo quasi-experimental, comparativo, foram avaliados 30 adultos hígidos, entre 20 a 40 anos, divididos em dois grupos: oclusão e manobra. O grupo da OV foi submetida a oclusão no reto femoral, com uma pressão de 220mmHg, totalizando 20 min e o grupo da manobra miofascial foi aplicada na mesma musculatura com uma duração de 3 min. A força foi mensurada antes das intervenções por meio do dinamômetro isocinético, com duas velocidades distintas 60º e 120º/seg, com um intervalo de 48hs, entre as duas condições experimentais. Os dados foram analisados por meio ANOVA two-way com teste post hoc de Bonferroni com um p < 0,05. Resultados: Houve um aumento da força muscular significativa no grupo manobra entre os momentos pré e pós-intervenção, na velocidade de 60o/s (p<0,05; IC: - 21.32 – 264.6) e também 120o/s p<0,05; IC: - 30,12 – 246.4), enquanto o de OV não houve aumento significativo em ambas velocidades. Quanto ao pico de torque, não houve diferenças significativas intra e intergrupos, nos momentos pré e pós-intervenção. Nossos dados evidenciaram um aumento imediato da força muscular na manobra miofascial comparada a oclusão vascular em homens adultos hígidos, porém, não foram observadas diferenças entre protocolos de oclusão vascular. Conclusão: Desta forma, sugere-se novas trabalhos, em especial com indivíduos que apresentem restrições de movimento para elucidar o efeito da manobra e suas possíveis implicações no tecido miofascial e suas modificações.
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