Efeitos da restrição parcial do fluxo sanguíneo na atividade neuromuscular dos músculos reto femoral durante a tarefa de agachamento em jovens fisicamente ativos
Palavras-chave:
Treinamento de Força, Eletromiografia, Membro Inferior, ReabilitaçãoResumo
Introdução: Os exercícios físicos com a aplicação de restrição parcial do fluxo sanguíneo (RPFS) têm sido amplamente utilizados para reabilitação e condicionamento musculoesquelético. No entanto, ainda não foi estabelecido como a atividade neuromuscular dos membros inferiores é afetada pelo uso de RPFS. Objetivo: Investigar os efeitos da RPFS na atividade neuromuscular dos músculos dos membros inferiores durante exercícios de agachamento livre. Métodos: Foram avaliados 8 participantes (27-32 anos de idade), sem queixas de doenças musculoesqueléticas ou cardiovasculares. Os eletrodos de EMG foram posicionados sobre músculos do membro inferior. Além do sinal de EMG, o sinal de acelerômetros triaxiais foram registrados para identificação das fases concêntrica e excêntrica do agachamento. Um manguito pneumático foi posicionado na região proximal de cada coxa e foram realizadas 1x15 repetições de agachamento livre (joelhos flexionados em cerca de 90 graus) com ambos os manguitos vazios (sem-RPFS). Após insuflação de um dos manguitos (membro inferior preferencial; 60% da pressão de oclusão total da artéria poplítea), foram realizadas 1x30 repetições, seguidas por 3x15 repetições (com-RPFS) de agachamento livre com intervalo de 60 segundos entre as séries. O valor do coeficiente de variação (CV) do EMG do reto femoral (RF) na fase concêntrica do agachamento foi calculado. A comparação entre momentos e condições foi feita por meio de ANOVA. Resultados: Observamos uma interação significativa entre momento e condição (P=0,029, η2=0,118). Como não houve efeito pós-teste (P>0,138) foi feita uma análise do tamanho do efeito. Há diferenças na atividade EMG já na condição pré-RPFS. Após a restrição do fluxo sanguíneo, há, respectivamente, uma redução na atividade EMG no membro com-RPFS, acompanhada de aumentos na atividade EMG do membro contralateral, sem-RPFS. As diferenças entre os momentos foram maiores na condição com-RPFS (η2=0.226). Conclusão: A RPFS aumentou a atividade neuromuscular do membro contralateral ao estímulo. Outros estudos são necessários para confirmar esse efeito.
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