Avaliação do balanço postural e sua associação com qualidade de vida e funcionalidade em indivíduos pós-período de contaminação pela covid-19

Autores

  • Kennedy Cristian Alves de Sousa Autor

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, COVID-19, Balanço Postural, Funcionalidade, Fadiga Muscular

Resumo

Introdução: Na medida que alguns países flexibilizaram as medidas restritivas e permitiram o retorno das atividades, embora ainda mantendo as políticas de distanciamento social, surgiram questões sobre os impactos do período pós-COVID-19 nos pacientes com sequelas da doença. Conforme a pandemia se alastrou por todo o mundo, diferentes formas de envolvimento neurológico da infecção por SARS-CoV-2 foram descritas, incluindo relatos de mioclonia e opsoclonia, além de casos de polirradiculopatia desmielinizante aguda possivelmente associada a fenômenos imunomediados. Além do mais, há casos descritos de ataxia, acidente vascular cerebral relacionados a anticorpos antifosfolipídeos e síndrome de Guillain-Barré. Pensando nisso, viu-se à necessidade de investigar se há alterações no balanço postural após a fase aguda da COVID-19, visto que o vírus é causador de inúmeras modificações no organismo, que uma vez infectado poderá apresentar várias sequelas funcionais. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar o balanço corporal em indivíduos pós-período de contaminação pela COVID-19 e, secundariamente, avaliar a associação do balanço corporal com a qualidade de vida (QV) e a funcionalidade. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, em que foram avaliados 40 pacientes com síndrome pós-COVID-19 (SPC) e 40 controles pareados que não tiveram infecção por SARS-CoV-2. Para avaliação da QV foi usada a versão brasileira do questionário de QV SF-36, para avaliar o balanço corporal foi utilizada a escala de Tinetti e a escala de Berg, para avaliar a fadiga foi usada a Functional Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT-F) e para aferição da força máxima voluntária de preensão manual (handgrip) foi usado o dinamômetro manual. Resultados: Quando comparados aos controles, os pacientes com SPC apresentaram menores pontuações tanto na escala de Tinetti quanto na escala de Berg (P = 0,001 para ambas). A pontuação na escala FACIT-F foi menor nos pacientes do que nos controles (P = 0,0001). A handgrip foi menor nos pacientes em relação aos controles, embora sem diferença significante (P = 0,71). Em relação à QV, os pacientes mostraram piores avaliações em várias dimensões do SF-36. Tanto a escala de Berg quanto a escala de Tinetti correlacionaram significantemente com escala FACIT-F, handgrip e dimensões do SF-36. Conclusão: Os resultados indicam que pacientes com SPC mostram pior balanço corporal, o que aponta para um maior risco de quedas. Nesses pacientes, há maior fadiga geral e pior QV. Além do mais, há associação do controle do balanço com fadiga geral, handgrip e QV. Assim, a avaliação rotineira do controle do balanço deve ser considerada no acompanhamento desses pacientes.

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Publicado

2025-07-07

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Avaliação do balanço postural e sua associação com qualidade de vida e funcionalidade em indivíduos pós-período de contaminação pela covid-19. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 12(1), 90. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/264

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