Eficácia da terapia cognitivo-funcional comparada ao treinamento do “core” e terapia manual na dor e incapaciade de pacientes com dor lombar crônica inespecífica: ensaio clínico controlado aleatorizado
Palavras-chave:
Dor Lombar, Terapia Cognitiva, Manejo da Dor, Intervenções, MovimentoResumo
Introdução: Dor lombar crônica inespecífica (DLCI) é um problema de saúde pública associado a uma complexa interação entre fatores biopsicossociais. A Terapia Cognitivo-Funcional (TCF) é uma intervenção comportamental direcionada aos múltiplos aspectos da dor lombar. Esta abordagem enfoca na mudança de crenças do paciente, confrontação de seus medos, ressignificação da dor e nos mecanismos envolvidos nesse processo, aumento da resistência física e mental e melhora do controle corporal. Isso é feito através de tarefas funcionais, onde o indivíduo é treinado a reduzir a atividade muscular excessiva do tronco e gerar mudanças
comportamentais relacionadas a dor, como posturas e movimentos provocativos. Uma vez que a evidência sobre eficácia ainda é limitada, é importante a realização de ensaios clínicos onde a TCF seja comparada a outras intervenções comumente utilizadas na prática clínica. Objetivos: Investigar a eficácia da TCF comparada ao Treinamento do Core associado a Terapia Manual (CORE-TM) em pacientes com DLCI. Métodos: Ensaio clínico controlado aleatorizado de dois grupos paralelos com avaliador cego. Estão sendo recrutados 148 pacientes com DLCI em uma clínica privada na cidade de Campinas, no Brasil. Intervenção I: 5 sessões de uma hora com TCF por dois meses. Intervenção II: 5 sessões de uma hora do CORE-TM por dois meses. Os dados apresentados neste trabalho serão referentes a análises parciais dos resultados de 90 participantes e sem diferenciar os grupos de intervenção, com intuito de manter a randomização cega até a finalização das coletas e evitar vieses noestudo. Os desfechos primários são intensidade de dor e
incapacidade avaliados dois meses após randomização; os desfechos secundários são a intensidade da dor e a incapacidade aos seis e doze meses, bem como o efeito global percebido e a satisfação do paciente em dois, seis e doze meses após a randomização. Resultados: Os resultados parciais mostraram que os participantes apresentaram melhora estatisticamente significativa em ambos os desfechos primários dor (Diferença Média -1,5, Intervalo de Confiança 95% -2,2 até -0,9) e incapacidade (Diferença Média -8,5, Intervalo de Confiança 95% -11,2 até -5,9) dois meses após a randomização. O efeito do tratamento foi sustentado seis meses e um
ano após a intervenção no desfecho dor, e nos seis meses no desfecho incapacidade. Conclusão: Os tratamentos proporcionaram melhora na dor e incapacidade quando analisados em conjunto. A analise completa dos resultados tem potencial de trazer
informações relevantes para a prática clínica.
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