Efeito do treinamento resistido na relação dos músculos quadríceps e isquiotibiais em jogadores de futebol de cinco: avaliação da força e atividade mioelétrica
Palavras-chave:
Deficiência Visual, Futebol, Treinamento Resistido, Força Isométrica, Eletromiografia de SuperfícieResumo
Introdução: O futebol de cinco é uma modalidade paradesportiva voltada para pessoas com deficiência visual. A preparação física adequada dos atletas é fundamental não somente para um melhor desempenho esportivo, como também para um melhor estado geral de saúde. O treinamento resistido (TR) tem sido utilizado como um dos componentes na rotina geral de treinamento para o aumento da força muscular e, consequentemente, na prevenção de lesões. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar um grupo de jogadores de futebol de cinco, o efeito do TR na força isométrica máxima e na atividade elétrica dos músculos quadríceps e isquiotibiais. Métodos: Foi realizado um ensaio clínico não-controlado com jogadores de futebol de cinco. Na fase seccional do estudo, foi realizada a avaliação de força isométrica máxima (dinamometria) para extensão e flexão do joelho e eletromiografia de superfície dos músculos quadríceps e isquiotibiais. Na fase prospectiva do estudo, os jogadores de futebol de cinco foram submetidos ao TR e reavaliados após o período de 15 semanas quanto às mesmas variáveis de desfecho. O TR ocorreu em uma frequência de três vezes por semana, durante quinze semanas, com periodização não linear. Os principais desfechos considerados foram: atividade elétrica através da relação antagonista/agonista (EMG IT:QUAD) e força isométrica máxima dos músculos quadríceps e isquiotibiais (índice de déficit muscular; IDM). Resultados: Na análise eletromiográfica, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na razão EMG IT:QUAD tanto no lado dominante, quanto no lado não dominante. Quanto à força isométrica máxima foram observadas reduções significativas no IDM de isquiotibiais (mediana= 8,63) e de quadríceps (mediana=13,73), após o período de treinamento. Conclusão: O treinamento resistido foi efetivo na redução do índice de déficit muscular dos isquiotibiais e quadríceps. Esse resultado é muito importante, pois retrata um melhor equilíbrio muscular entre os membros, que diretamente está associado a um menor risco de lesão musculoesquelética e indiretamente a um melhor desempenho esportivo. Por outro lado, não houve alteração da atividade elétrica dos músculos, que poderia estar relacionado ao tempo de treinamento adotado no presente estudo.
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