A terapia manual contribui para a melhoria da função inspiraria e da pressão planar de homens e mulheres treinados?

Resumo

Introdução: As técnicas de terapia manual (TM) são consideradas um método eficaz para avaliação e tratamento das desordens do sistema musculoesquelético na prática clínica. No entanto, estudos sobre o uso e a eficácia dessas técnicas na função respiratória e estabilidade corporal em indivíduos treinados ainda são escassos na literatura. Objetivo: O objetivo desta investigação foi comparar as diferenças na força muscular inspiratória e na distribuição da pressão plantar entre homens e mulheres praticantes de exercícios resistidos pós-terapia manual. Métodos: Foram selecionados 30 participantes (15 homens e 15 mulheres) que atenderam aos critérios de elegibilidade. Todos os participantes eram praticantes de exercícios resistidos e foram submetidos a duas avaliações em teste de força muscular inspiratória e duas avaliações de plataforma baropodométrica (condições estáticas) pré e pós-terapia manual no músculo diafragma (MTDM) e thrust na coluna torácica (TST), respectivamente. Todos os testes foram realizados em uma única sessão de avaliação para avaliar a pressão inspiratória máxima (MIP), pico de fluxo inspiratório (PIF), área de superfície plantar (cm2), distribuição de pressão plantar (%), pico de pressão máxima e pressão média (kgf/cm²). Resultados: A ANOVA de duas vias mostrou uma melhora significativa de MIP e do PIF (p <0,003) em homens e mulheres pós-terapia manual. Em relação à condição de estabilidade, foi observada diferença significativa (p <0,001) na área de superfície plantar (cm2) entre o grupo masculino vs. feminino pré e pós-terapia manual. Mas, as mulheres apresentaram aumento e diminuição significativos no antepé (p <0,01) e retropé direito (p <0,03) após a terapia manual, respectivamente. Conclusão: Esses achados confirmaram o aumento de MIP e PIF em homens e mulheres pós-terapia manual. Além disso, o pé direito feminino apresentou aumento na superfície plantar e a distribuição da superfície plantar revelou aumento e diminuição do antepé e retropé pós-terapia manual, respectivamente. Esses dados contribuem para o entendimento qualitativo e quantitativo das diferenças sexuais na força muscular inspiratória e condição de estabilidade com o uso da terapia manual.