Efeitos agudos da técnica de tosse assistida na função autonômica cardíaca em portadores de distrofia muscular de Duchenne
Palavras-chave:
Fisioterapia Respiratória, Insuflação-Exsuflação Mecânica, Distrofia Muscular, ReabilitaçãoResumo
Objetivo: O presente estudo investigou os efeitos da insuflação-exsuflação mecânica (MIE) para a assistência da tosse na distrofia muscular de Duchenne (DMD) e controles saudáveis e a associação da função autonômica cardíaca com função pulmonar e composição corporal. Métodos: Estudo caso-controle incluindo 28 pacientes com DMD (15,8 ± 4,0 anos) e 10 participantes saudáveis (13,1 ± 3,6 anos). Todos os participantes foram submetidos a três fases de intervenção: pré-intervenção, durante o MI-E, e pós-intervenção. Registros eletrocardiográficos de curto prazo (5 minutos) foram feitos em cada fase. Também foram realizados teste de função respiratória (espirometria, força muscular respiratória, mobilidade torácica, pico de fluxo de tosse) e análise de composição corporal (antropometria, bioimpedância). Resultados: Os principais efeitos multivariados significativos foram observados para os parâmetros da VFC para o grupo (lambda de Wilk = 0,528, F (13,75) = 5,149, P <0,001, η2 = 1,000) e fase de intervenção (lambda de Wilk = 0,474, F (26,150) = 2.609, P <0,001, η2 = 1,000), mas nenhum efeito significativo de interação. Parâmetros ventilatórios de espirometria também foram significativamente reduzidos em pacientes com DMD (p = 0,002 ou inferiores). Antropometria corporal apresentou redução significativa de massa corporal total, estatura corporal e IMC (P <0.050 ou inferior) em pacientes com DMD.
LF foi significativamente associada a quase todas as variáveis de função pulmonar e composição corporal (0,383-0,618). HF foi significativamente associada a PImax (-0,323) e percentual de gordura corporal (0,382). A LF / HF foi também associada à função pulmonar (0,323-0,370), mas não a composição corporal. Conclusão: A atividade simpática e vagal é reduzida transitoriamente durante MI-E tanto nos pacientes com DMD e quanto nos controles saudáveis. A função autonômica cardíaca está associada a testes de função pulmonar e composição corporal. Esses resultados sugerem que MI-E pode ser considerada segura para pacientes com DMD, sendo importantes novos estudos que avaliem os efeitos de longo prazo sobre a função autonômica do coração.
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