Correlação entre força muscular respiratória, mobilidade diafragmática e nível de atividade física em indivíduos com lesão medular
Palavras-chave:
Lesões da Medula Espinhal, Diafragma, Ultrassonografia, Função Pulmonar, Atividade FísicaResumo
Introdução: A lesão medular (LM) causa prejuízos significativos na saúde dos indivíduos, podendo ter consequências em diferentes sistemas do corpo, incluindo o respiratório. O grau de acometimento das funções depende, entre diversos fatores, do nível do segmento da coluna que foi afetado. Objetivo: Verificar se existe correlação associação entre função diafragmática e força muscular
respiratória em pessoas com LM. Métodos: Estudo seccional com 33 pessoas com LM entre T1 e L2. Para a avaliação da função diafragmática foram feitas as medidas de mobilidade diafragmática em volume corrente (cm) e máxima (cm), e fração de espessamento (ultrassonografia). A força muscular respiratória foi avaliada pelas medidas das pressões inspiratória (PImáx; cmH20) e expiratória (PEmáx; cmH20) máximas (manovacuometria). Foram calculados o coeficiente de correlação de Pearson para identificar a correlação entre as variáveis de desfecho e as variáveis independentes. Modelos de regressão linear foram feitos
para investigar a influência da força muscular respiratória na função diafragmática. Resultados: A fração de espessamento não se correlacionou com nenhuma das variáveis independentes consideradas no estudo. A PImáx apresentou correlação negativa média e estatisticamente significativa com a mobilidade diafragmática máxima (r = -0,375; p= 0,031) e correlação negativa grande e estatisticamente significativa com a mobilidade diafragmática em volume corrente (r = -0,558; p=0,001). O resultado da regressão linear demonstrou que pode ser assumido que há uma influência significativa da PImax na mobilidade diafragmática máxima (F(1, 31) = 5,084, p = 0,031; R2 = 0,141), tal como também demonstrado para a mobilidade diafragmática em volume corrente (F(1, 31) = 14,025, p = 0,001; R2ajustado = 0,311). Conclusão: Em pessoas com LM a força muscular inspiratória está correlacionada com
mobilidade diafragmática máxima e em volvume corrente, mas não com a fração de espessamento.
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