Associação entre o consumo de oxigênio de pico e hiperinsuflação estática em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
Palavras-chave:
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Hiperinsuflação, Espirometria, Consumo de OxigênioResumo
Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma patologia de grande impacto na morbidade e mortalidade, levando a limitações funcionais e deteriorações progressivas da função pulmonar e qualidade de vida do indivíduo. A inatividade em médio prazo desencadeia descondicionamento físico limitando sua resistência ao exercício. A Atividade física é um importante componente de programas de reabilitação para pacientes com DPOC e estudos na última década correlacionam esta limitação da atividade física ao fenômeno de hiperinsuflação pulmonar que é o aumento do volume pulmonar ao final da expiração. Em pacientes com DPOC estáveis a relação capacidade inspiratória e capacidade pulmonar total (CI/CPT) e o grau de dispneia são melhores preditores da capacidade de exercício, por este motivo nosso estudo tem por objetivo correlacionar a hiperinsuflação estática (CI/CPT) com a capacidade de exercício representada pelo consumo de oxigênio de pico (VO2 pico), mensurado durante a realização do teste de esforço cardiopulmonar. Métodos: Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Augusto Motta sob o número 012/2011. Participaram dezesseis pacientes de ambos os sexos, sendo 8 do sexo masculino, com idade de 70,68 ± 9,56 anos, peso 54,41± 16,34 Kg, altura 1,62 ± 0,12m, IMC 20,45 ± 3,84 com diagnóstico de DPOC de moderado a muito grave. Os pacientes realizaram os testes de espirometria, pletismografia e de esforço cardiopulmonar. A correlação das variáveis foi realizada através do teste de Pearson. As análises foram feitas através do programa SigmaStat for Windows, versão 3,5 (Systat Softaware, Inc., Chicago, IL, USA) e foi considerada significância estatística valores de p < 0,05. Resultados: Houve correlação entre as variáveis espirométricas e o VO2 pico (normalizado pela massa corporal) com CPT (r = -0,508; p = 0,044); CRF (r = -0,551; p = 0,027); VR (r = -0,539; p = 0,031) e CI/CPT (r = 0,512; p = 0,042). Também foram observadas associações entre o VO2 (L/min) e as seguintes variáveis: CPT (r = -0,572; p = 0,020); CRF (r = -0,614; p = 0,011); VR (r = -0,589; p = 0,016) e CI/CPT (r = 0,774; p = 0,0004). Conclusão: Pacientes com DPOC com menor relação CI/CPT apresentam pior consumo de oxigênio de pico.
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