Validade das relações entre os percentuais da frequência cardíaca de reserva e consumo de oxigênio de reserva na prescrição do exercício de ciclismo e corrida
Palavras-chave:
Teste de Exercício Cardiopulmonar, Exercício Isocalórico, Quilocalorias, Intensidade de TreinamentoResumo
Introdução: A relação entre os percentuais de frequência cardíaca de reserva (% FCR) e consumo de oxigênio (% VO2R) tem sido recomendada para prescrever a intensidade do exercício aeróbio, devido à suposta relação de equivalência de 1:1. No entanto, essa relação foi obtida a partir dos dados de testes de exercício progressivo máximo e a precisão da relação durante o exercício prolongado a uma taxa de trabalho constante não foi estabelecida. Objetivo: O presente estudo investigou a relação entre o %FCR e o %VO2R durante um teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE) e sessões isocalóricas episódios de ciclismo e corrida em esteira rolante. Métodos: Trinta homens fisicamente ativos [média (mínimo-máximo): idade, 24 (18-34) anos; estatura, 181 (163-198) cm; massa corporal, 84 (59-116) kg; índice de massa corporal, 25 (20-30) kg·m-2; porcentagem de gordura corporal, 18% (9% -27%)] visitaram o laboratório três vezes para realizarem medidas antropométricas e de VO2 em repouso, e TCPEs de ciclismo e corrida. Dez homens visitaram o laboratório duas vezes mais para investigar a validade das relações entre os %FCR-%VO2R durante sessões isocalóricas de ciclismo e corrida a 75%VO2R com dispêndio energético de 400 kcal. Resultados: O %VO2R foi significativamente menor do que o %FCR nos TCPEs, especialmente durante a corrida (P < 0,001). Durante as sessões isocalóricas de exercício, observaram-se diferenças médias entre %FCR-%VO2R de 6,5% e 7,0% para ciclismo e corrida, respectivamente (P = 0,007 a P <0,001). Os porcentuais de FCR e VO2R aumentaram ao longo do tempo (P < 0,001), cuja taxa foi influenciada pela modalidade de exercício (P < 0,001). Em média, a frequência cardíaca foi 5 (P = 0,007) e 8 (P <0,001) bat·min-1 maior que o previsto para o segundo quartil de tempo para ciclismo e corrida, respectivamente; entretanto, o VO2 observado foi menor do que o previsto em todos os quartis para o ciclismo e no primeiro quartil para a corrida. Consequentemente, o tempo para alcançar o dispêndio energético alvo foi maior do que o previsto (P < 0,01). Conclusão: A relação entre os %FCR-%VO2R observada durante TCPEs não se transpôs com precisão para as sessões isocalóricas prolongadas de ciclismo e corrida. Além disso, as taxas de trabalho definidas pelas equações do American College of Sports Medicine para ciclismo e corrida superestimaram o VO2 e o gasto energético.
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