Efeitos agudos de sessões isocalóricas de ciclismo realizadas de forma contínua e acumulada sobre a pressão arterial em pré-hipertensos

Autores

  • Guilherme de Freitas Fonseca Autor

Palavras-chave:

Fisiologia Cardiovascular, Hipotensão Pós-Exercício, Dispêndio Energético, Promoção da Saúde

Resumo

Introdução: A prática regular do exercício aeróbio vem sendo recomendada como uma conduta fundamental na prevenção e tratamento não farmacológico da hipertensão arterial. Há evidências de que reduções crônicas da pressão arterial (PA) em virtude da prática continuada de programas de exercício devem-se, em grande medida, ao somatório dos efeitos agudos das sessões de treinamento. Porém, lacunas persistem no que tange aos efeitos agudos da forma de execução (contínua vs. acumulada) e volume (medido pelo dispêndio energético) do exercício aeróbio sobre a PA e controle autonômico cardíaco de indivíduos pré-hipertensos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar as respostas agudas de PA e controle autonômico cardíaco após sessões isocalóricas de ciclismo realizadas de forma contínua e acumulada em pré-hipertensos. Métodos: O presente estudo foi realizado em uma amostra de homens préhipertensos, de 20 a 40 anos. Cada indivíduo visitou o laboratório cinco vezes. Na primeira visita, os voluntários participaram de uma sessão de orientação para familiarização com equipamentos e protocolos de teste, completaram um questionário de pré-participação para risco cardiovascular, e foram submetidos a três medidas de PA para garantir que atendessem aos critérios de inclusão do estudo. Na segunda visita, medidas antropométricas foram tomadas seguidas da avaliação em repouso do consumo de oxigênio (VO2), PA e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) durante 60 minutos (sessão controle). Na terceira visita, foi realizado o teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE) em cicloergômetro para medida do VO2máx. Nas duas visitas subsequentes, os voluntários realizaram uma sessão contínua com 400 kcal (CONT) e a uma sessão acumulada dividida em 2 x 200 kcal (INTER1 e INTER2) à 75% do VO2 de reserva. A PA e o controle autonômico cardíaco foram monitorados 10 min antes e 60 min após cada sessão de exercício e controle em posição supina. Resultados: Comparada à sessão controle, as pressões sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) diminuíram similarmente após CONT (PAS: Δ-3,4 mmHg, P < 0,001; PAM: Δ-2,5 mmHg, P = 0,001) e INTER2 (PAS: Δ-4,4 mmHg, P < 0,001; PAD: Δ-2,7 mmHg, P = 0,045; PAM: Δ-3,3 mmHg, P = 0,001). Porém, INTER2 elucidou maior hipotensão pós-exercício (HPE) do que INTER1 (PAS e PAM: Δ-2,0 e Δ-1,8 mmHg, respectivamente, P < 0,05). Concomitantemente à HPE, a atividade simpática (banda de baixa frequência, LF) e parassimpática (banda de alta frequência) aumentou (P < 0,001) e diminuiu (P < 0,001), respectivamente, a partir da linha de base, elevando o balanço simpato-vagal
(razão LF:HF) (P < 0,001) que foi inversamente correlacionado ao ΔPAS e ΔPAD (r = -0,64 a -0,71; P < 0,05). Conclusão: Sessões contínuas ou acumuladas de ciclismo pareadas pelo dispêndio energético provocam HPE de forma similar; porém, menores decréscimos de PA também foram observados após a sessão de ciclismo envolvendo menor volume de exercício (INTER1: 200 kcal). Os resultados também indicam que o padrão de recuperação do controle autonômico cardíaco pode ter um papel importante na indução da HPE.

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Publicado

2025-05-29

Como Citar

Efeitos agudos de sessões isocalóricas de ciclismo realizadas de forma contínua e acumulada sobre a pressão arterial em pré-hipertensos. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 7(1), 97. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/131

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