Incidência de dores musculoesqueléticas e fatores associados das equipes de futebol profissional do estado do rio de janeiro durante o campeonato brasileiro série ‘a’ de 2018.

Autores

  • Ailton Teixeira Osório Autor

Palavras-chave:

Futebol, Lesões, Musculoesqueléticas, Dor, Epidemiologia

Resumo

Introdução: O futebol é caracterizado pelo confronto, mudanças de direção, acelerações e desacelerações. Este estresse fisiológico associado às competições e treinamentos compromete o desempenho dos atletas por lesões e dores musculoesqueléticas. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi investigar a incidência de lesões e/ou dores musculoesqueléticas (LDM) relacionados aos atletas pertencentes às equipes de futebol profissional do estado do Rio de Janeiro participantes do campeonato brasileiro da série A de 2018. Métodos: A amostra foi composta por 148 atletas profissionais dos clubes de futebol do Rio de Janeiro que participaram de 1 ou mais jogos do Campeonato Brasileiro série A de 2018. Cada equipe participou de 38 partidas oficiais. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário epidemiológico desenvolvido pela FIFA/F-MARC, este, foi preenchido pelo autor nos 152 jogos analisados, que investigava as seguintes variáveis: tempo de exposição do atleta acometido de lesão ou dores
musculoesqueléticas durante o jogo; diagnóstico; tipo de LDM; local da LDM; tempo de afastamento; posição tática do atleta caracterizado com LDM; idade. Os dados foram obtidos através de coletas “extra murros”. Sem a participação ou conhecimento
dos jogadores, gestores e comissão técnica das equipes avaliadas. Resultados: Foram identificadas 591LDM com incidência de 58,9 LDM/1000h de exposição. A idade (27,05 ± 5,91 anos) foi um fator independente para afastamento dos treinos e competições (OR= 1,13; IC95% = 1,02 a 1,25, p< 0,02). O tempo de exposição mostrou associação com o número de LDM (coeficiente beta= 3,31; IC 95%
= 2,59 até 4,02; p<0,001). Em relação ao posicionamento tático observou-se que atletas meio campistas e atacantes apresentaram maiores incidências de LDM (38,2% e 26,9% LDM, respectivamente). Em quanto que, o tipo de lesão mais abrangente foram as contusões musculares. O tornozelo seguido da cabeça, perna, coxa e joelho foram os segmentos corporal mais atingidos. Fora identificado que o período de afastamento mais presente foi entre 8 a 48 dias. Conclusão: O estudo epidemiológico dos fatores de risco e as possíveis variáveis, parecem ser um bom meio para explicar melhor as ocorrências de LDM no futebol. Sugere-se compreender a origem das causas e seus efeitos, a fim de intervir na adequação de protocolos preventivos e de recuperação, atentando para a especificidade de cada problema. Bem como, a necessidade da utilização de questionários de investigação epidemiológica para o controle de lesões, executadas por indivíduos (empresa ou órgãos de controle e fiscalização) com autorização para o acesso aos bancos de dados das comissões médicas dos clubes.

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Publicado

2025-06-25

Como Citar

Incidência de dores musculoesqueléticas e fatores associados das equipes de futebol profissional do estado do rio de janeiro durante o campeonato brasileiro série ‘a’ de 2018. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 10(1), 108. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/184

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