Prevalência e impacto funcional da dor musculoesquelética crônica em indivíduos com deficiência física.

Autores

  • Jacob Michels Autor

Palavras-chave:

Dor Musculoesquelética, Incapacidade Funcional, Funcionalidade Específica, Pessoas com Deficiência Física, Equipe Saúde da Família

Resumo

Introdução: A dor musculoesquelética crônica (DMC) é a mais prevalente na população mundial, atingindo todas as faixas etárias. Este sintoma promove impacto desfavorável na qualidade de vida dos indivíduos, interferindo no desempenho de tarefas da vida
diária. Ainda são escassos os estudos sobre a prevalência de DMC e o quanto essas dores têm impacto na funcionalidade específica das pessoas com deficiência física. Objetivo: Investigar a prevalência de DMC e o impacto funcional da DMC em indivíduos com deficiência física. Métodos: Estudo observacional transversal com 152 indivíduos com deficiência física, que responderam a questões sociodemográficas autoaplicáveis, sobre a presença de DMC, funcionalidade específica relacionada à dor (Escala Funcional Específica do Paciente), intensidade de dor (Escala Numérica de Dor), utilização de auxílio para locomoção, prática de exercício regular e de paradesporto, além de questões autorreferidas relacionadas à deficiência física (tipo, classificação fisiológica e grau de dificuldade nas AVDs). Resultados: A prevalência de dor musculoesquelética crônica, persistente por mais de 03 meses, foi de 78,29% (n=119; IC 95%= 70,73 até 84,89). A média da funcionalidade específica (0-10, considerando 0 o pior escore), da principal tarefa funcional
prejudicada pela dor crônica foi de 2,95 (DP=1,57). Caminhar foi a função mais frequentemente relatada (29,41%; n= 35; IC 95%= 21,99 até 38,58) seguida do vestirse (10,92%; n=13; 6,78 até 18,29) e pegar peso (5,82%; n=7; IC 95%= 2,60 até 12,18). Os dois tipos de deficiência mais relatados foram hemiplegia e deformidades congênitas ou adquiridas, cada uma delas representando 21,92% (n= 32; IC 95%= 15,14 até 28,74) da amostra seguidos das amputações (n=27; 17.88%; IC 95%= 12,31 até 25,13%). A média de intensidade da dor principal relatada pelos participantes com dores crônicas musculoesqueléticas foi de 6,33 (0-10, considerando 0 o melhor
escore) (DP=1,49) e a localização de dor crônica mais comum foi a região lombar (n=30; 19,73%; IC 95%= 13,91 até 27,13), seguida dos ombros (n=22; 14,47%; IC 95%= 9,49 até 21,31) e dos joelhos (n=16; 10,53% IC 95%= 6,33 até 16,79). Conclusão: A DMC é altamente prevalente em indivíduos com deficiência física e parece contribuir para a diminuição da funcionalidade específica em indivíduos com deficiência física. A localização de dor crônica mais comum foi na região lombar, seguida dos ombros e dos joelhos. Caminhar foi a função mais prejudicada, seguida do vestir-se e pegar peso.

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Publicado

2025-07-03

Como Citar

Prevalência e impacto funcional da dor musculoesquelética crônica em indivíduos com deficiência física. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 11(2), 67. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/243

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