Dor musculoesquelética e lesão esportiva em jogadores de futebol em cadeira de rodas

Autores

  • Ligia Raianne da Silva Moura Autor

Palavras-chave:

Traumatismos em Atletas, Paratleta, Reabilitação, Dor Musculoesquelética, Esportes para Pessoas com Deficiência

Resumo

Introdução: O futebol em cadeira de rodas (FCR) é a única modalidade esportiva coletiva que possibilita a participação de pessoas com deficiência física severa, que necessitam do uso da cadeira de rodas motorizadas diariamente. Esse público pode conviver com dores crônicas devido às características da deficiência e tratamentos associados, interferindo em cenários que vão desde à saúde geral, vida pessoal, social e aspectos emocionais. Por vezes, a dor também limita a participação em atividades esportivas – seja por estar presente ou pelo receio de se tê-la presente devido à prática esportiva. A pesquisa se torna relevante pela escassez de estudos sobre a temática em questão. Objetivo: Investigar a prevalência de dor musculoesquelética em jogadores de FCR e analisar a incidência de lesões traumáticas durante um campeonato da modalidade. Métodos: Foi realizado um estudo observacional seccional com a participação de 30 atletas de FCR (93,33% homens) com média de idade de 22,37±9,79 anos. A coleta de dados foi realizada durante a realização de um campeonato sulamericano de FCR, que teve três dias de duração. Foram considerados três momentos de avaliação: (i) investigação da presença de dor musculoesquelética por meio de aplicação de um questionário de autopreenchimento no primeiro dia do campeonato. Neste momento, também foram aplicados questionários para avaliação da qualidade do sono e humor; (ii) investigação da ocorrência de lesões traumáticas através da observação das partidas; e (iii) confirmação da ocorrência de lesões traumáticas por meio do acesso aos registros do departamento médico. Resultados: Um total de 30% (n=9) da amostra apresentou dor no dia da avaliação, em uma intensidade de 5,67±3,35 pontos da escala visual analógica (EVA). Desse total, 13,33% (n=4) das dores eram na região lombar, 10% (n=3) na cervical e 6,67% (n=2) nos membros inferiores., Do total, 46,67% (n=16) relataram dor no mês anterior à coleta das informações, porém em uma intensidade menor, com 2,56±4,03 pontos, com a seguinte distribuição: 20%(n=6) nos membros inferiores e cervical, e 13,33% (n=4) na lombar. A relação da qualidade de sono com a dor apresentou p=0,87 para boa qualidade de sono e p=0,75 para excelente, dessa forma, não houve associação entre a qualidade do sono e dor. O estado de humor em relação as dores apresentaram p>0,05 para todas as subescalas de humor, onde o "vigor" apresentou pontuação mais alta, seguido de "tensão", contudo, também não houve associação do estado de humor e dor. Após verificar os registros do departamento médico, não foram identificadas lesões traumáticas durante esses jogos sulamericanos. Conclusão: Cerca de um terço dos praticantes de futebol em cadeira de rodas apresentam dores musculoesqueléticas. O futebol em cadeira de rodas não parece apresentar risco de lesão traumática aos seus praticantes.

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Publicado

2025-07-07

Como Citar

Dor musculoesquelética e lesão esportiva em jogadores de futebol em cadeira de rodas. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 12(1), 64. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/267

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