Características da dor e sua relação com limitações funcionais em indivíduos com doença de parkinson

Autores

  • Danielle Calado de Mattos Autor

Palavras-chave:

Dor, Doença de Parkinson, Função Motora, Funcionalidade, Equilíbrio, BPI, KPPS, AVD

Resumo

Introdução: A dor é um dos sintomas não motores mais comuns em indivíduos com doença de Parkinson (DP), embora seja um fenômeno ainda pouco compreendido e subnotificado. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre dor, limitações funcionais e prejuízos motores em indivíduos com DP e caracterizar a dor por meio de instrumentos complementares para sua avaliação. Métodos: Este foi um estudo transversal envolvendo pacientes ambulatoriais recrutados em centros de reabilitação
locais. Cinqüenta e quatro indivíduos com DP foram selecionados [Hoehn & Yahr = 2,5 (1-4); [mediana (min-max)], 66 (44-85) anos de idade no período ON do medicamento antiparkinsoniano. A dor foi avaliada pela escala de dor de King's Parkinson (KPPS) e pelo Inventário breve de dor (BPI). Os participantes também foram avaliados quanto ao desempenho em atividades rotineiras e função motora utilizando a Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS partes II e III), marcha (Dynamic Gait Index) e
equilíbrio (Mini-BESTest). Resultados: Trinta e oito participantes (70,3%) relataram dor leve a moderada. Todas as características demográficas e funcionais dos indivíduos com e sem dor foram semelhantes, exceto ao tremor que apresentou menores escores nos participantes com dor. O coeficiente de correlação de Spearman mostrou uma correlação positiva entre os tipos de dor (KPPS) e o desempenho das atividades gerais, medidos pela UPDRS II (rho = 0,29, p = 0,04); correlação negativa entre a intensidade da dor (intensidade do BPI) e a função motora medida pelo UPDRS III (rho = -0,28, p = 0,04) e correlação negativa entre intensidade da dor (intensidade do BPI) e bradicinesia, sub-escala do UPDRS III (rho = -0,29, p = 0,04). Não houve correlação entre dor e desempenho da marcha ou equilíbrio. A dor musculoesquelética foi o tipo predominante (81,5%), seguida pela dor noturna (52,6%) e dor relacionada à flutuação (47,3%). As áreas mais doloridas foram membros inferiores (33,0%) e ombros / cervical (31,0%). Vinte e um (55,3%) dos 38 participantes relataram interferência da dor no trabalho, na capacidade de locomoção e nas atividades gerais. Os participantes foram avaliados apenas durante o período ON de medicação antiparkinsoniana. Conclusão: A dor foi fracamente correlacionada com o desempenho em atividades gerais e com a bradicinesia, mas não foi correlacionada com os sintomas motores clássicos remanescentes da DP, nem com o desempenho da marcha ou com equilíbrio. A dor foi um sintoma prevalente na presente amostra e os indivíduos relataram sua interferência na funcionalidade.

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Publicado

2025-07-02

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Características da dor e sua relação com limitações funcionais em indivíduos com doença de parkinson. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 8(1), 109. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/152

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