Estudo da associação entre a força durante a extensão isométrica de joelho com equilíbrio, status clínico e qualidade de vida na vigência da medicação anti-parkinson: um estudo transversal
Palavras-chave:
Doença de Parkinson, Força Muscular, Contração Isométrica, Qualidade de Vida, UPDRSResumo
Introdução: A doença de Parkinson (DP) é considerada uma das doenças neurodegenerativas mais comuns da atualidade. Sua incidência é maior nos idosos e nos homens, apresentando alta taxa de prevalência. A DP afeta os núcleos da base, devido à perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra, levando a sintomas motores e não motores. Com etiologia multifatorial, a DP envolve fatores endógenos e exógenos para explicar sua possível ocorrência. Aparentemente a força muscular do quadríceps do indivíduo com Parkinson é menor do que em um indivíduo saudável da mesma idade, o que pode influenciar na diminuição do equilíbrio corporal e aumentar o risco de quedas. A força muscular pode estar associada também com a gravidade da DP e qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: O objetivo do presente estudo é investigar a associação entre a força muscular do quadríceps com o equilíbrio corporal, status clínico e qualidade de vida em indivíduos com DP. Métodos: Para tanto, foram analisados 25 indivíduos (18 homens) com idades: mediana (med) = 66 anos, primeiro quartil (Q1) = 62,50 anos, terceiro quartil (Q3) = 71 anos; altura: med = 168 cm, Q1 = 162 cm, Q3 = 171 cm; peso: med = 77 kg, Q1 = 68 kg, Q3 = 84,50 kg. O status clínico dos participantes foi aferido por meio da Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS). Para mensurar a força dos participantes, foi utilizado o teste de contração voluntária isométrica máxima (MVC). A qualidade de vida (QV) foi avaliada por meio do Questionário sobre Doença de Parkinson (PDQ-39) e o equilíbrio foi avaliado mediante aplicação das escalas: Timed get up and go test (TUG), Dynamic Gait Index (DGI) e Mini Balance Evaluation Systems Test (Mini BESTest). Resultados: Os participantes apresentaram escores qualificando-os com bom equilíbrio, exceto para o DGI. Foram encontradas associações entre a função muscular do quadríceps e status clínico (rho = -0.610 a -0.577), TMT e MBT com força do quadríceps (rho = 0.528, 0.484), e entre função muscular do quadríceps e PDQ-39 ( rho = 0.455). Conclusão: Os resultados sugerem que, quanto maior a função muscular do quadríceps melhor é o equilíbrio e a QV, enquanto menor é a gravidade da DP durante o período ON (diminuição dos sintomas) da medicação para a DP. Os testes de equilíbrio têm características diferentes e é necessário escolher com cautela de acordo com o objetivo e indivíduo avaliado. Futuros estudos longitudinais controlados devem ser realizados para investigar uma relação causal entre essas variáveis.
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