Prevalência de pessoas com deficiência, reabilitação e esporte adaptado nas comunidades ribeirinhas da região do baixo madeira do estado de rondônia, brasil

Autores

  • Eliziane das Chagas dos Santos Rios Autor

Palavras-chave:

Reabilitação, Instalações Esportivas e Recreacionais, Pessoas com Deficiência

Resumo

Introdução: O direito à saúde, reabilitação e esporte é constitucional para todos os cidadãos, inclusive para pessoas com deficiência, sendo estas também importantes ferramentas de desenvolvimento funcional e sócio-emocional, mas para que seja
eficiente e necessário a ligação entre a pessoa com deficiência e o acesso à esses serviços. Objetivos: Investigar a prevalência de pessoas com deficiência (PCD) nas comunidades ribeirinhas do estado de Rondônia – Brasil, o acesso à prática de esportes adaptados com fim de reabilitação, recreacional e alto rendimento e a percepção sobre o esporte adaptado nas comunidades ribeirinhas estudadas. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico com dados primários, observacional, descritivo, procedimentos de campo, com abordagem quantitativa, temporalidade transversal, onde foram utilizados como instrumento um formulário sobre questões de perfil demográfico e catalogação de serviços de saúde e esporte, residentes nos distritos ribeirinhos do Baixo Madeira (Rondônia). Resultados: Foram catalogadas 103 PCDs, resultando em prevalência de 3,1/100 habitantes, com média de idade 39 anos (DP 16,4), 52% do sexo feminino, 49% da raça/cor preta, 41% sem laudo médico da deficiência e 54% classificados com deficiência física. Os distritos contam poucas instalações esportivas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), não há oferta de saúde de média/alta complexidade e reabilitação. As PCD declararam nunca terem realizado reabilitação por não ser oferecido no local e 76% não praticavam exercício físico. Dentre os que praticavam, 17% praticavam futebol no distrito que residem, em espaços públicos e sem orientação profissional. Quanto à percepção sobre o esporte adaptado, 76% (n=79) declarou que não conhecida, somente 23% (n=24) declarou que se considerava capaz para a prática e 23% (n=24) declarou que tinha interesse em praticar. Para a maioria dos participantes (57,3%; n=59) as PCD não teriam benefícios com a prática de esportes. Por fim, sobre a importância do esporte adaptado para a PCD, 58,3% (n=60) declararam ser “importantíssimo” e apenas 23,3% (n=24) “nada importante”. Conclusão: A prevalência de PCDs residentes em comunidades ribeirinhas é inferior à brasileira. Estas pessoas não possuem acesso a serviços de esporte adaptado e a reabilitação, tendo em vista o difícil acesso geográfico e a ausência de oferta desses serviços nas localidades. Não consideram as possibilidades de influência positiva do esporte por se sentirem incapazes para a prática e o desconhecimento sobre as possibilidades, assim como a ausência de profissionais que apresentem essa estratégia física, social e psicológica de saúde.

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Publicado

2025-07-07

Como Citar

Prevalência de pessoas com deficiência, reabilitação e esporte adaptado nas comunidades ribeirinhas da região do baixo madeira do estado de rondônia, brasil. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 12(1), 78. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/254

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