Crenças biopsicossociais em pacientes com dor lombar crônica como preditores para tempo de alta, intensidade de dor, percepção de melhora global e grau de funcionalidade

Autores

  • Ivan de Araujo Barros Autor

Palavras-chave:

Controle Interno-Externo, Dor Lombar, Quiroprática, Modalidades de Fisioterapia

Resumo

Introdução: A dor lombar é a principal causa mundial de anos de afastamento por incapacidade. Fatores biopsicossociais são frequentemente investigados em pacientes com dor lombar crônica inespecífica (DLCI), e entre eles está o Lócus de Controle de Saúde (LCS), que consiste na percepção que o indivíduo tem sobre a sua saúde. As principais diretrizes apontam que a abordagem desses pacientes deve priorizar intervenções ativas ao invés de passivas como primeira linha de tratamento. A fisioterapia e a quiropraxia possuem Conceito A - Forte recomendação para tratamento da DCLI. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar se o LCS é um preditor para intensidade de dor, grau de funcionalidade, percepção de melhora global e tempo de alta em indivíduos com DLCI abordados com fisioterapia geral e quiropraxia. Métodos: Trata-se de um estudo observacional longitudinal, onde os participantes foram divididos em dois grupos (G1: fisioterapia geral; G2: quiropraxia), sendo avaliados na linha de base e reavaliados no momento da alta ou após três meses de intervenção. Na linha de base foram coletados dados sociodemográficos dos participantes e entregues para autopreenchimento o Questionário Multidimensional de Lócus de Controle de Saúde (QMLCS), a Escala Numérica da Dor (END) e a Escala Funcional Específica do Paciente (EFEP). No momento da alta ou após três meses de intervenção foram entregues para preenchimento o QMLCS, a END e a EFEP, além da Escala de Percepção de Melhora Global. O tempo de alta foi mensurado através do número de dias em que o participante ficou em tratamento. Resultados: Foram incluídos 58 participantes com média de idade de 51,2 ± 15,6 anos, onde 32 (55,17%) participantes possuíam lócus “interno”, 25 (43,10%) lócus “externo” e 1 (1,72%) lócus “ao acaso”. Independentemente do tipo de lócus e da intervenção, verificou-se que não houve mudança significativa do lócus após 3 meses (p=0,753). Ao avaliar se o tipo de lócus foi preditor para os desfechos primários, verificou-se que
não houve efeito de interação entre os grupos e os tipos de lócus de controle na dor (p=0,156) e para funcionalidade (p=0,053). Quando verificado se o tipo de lócus interferiu nos desfechos secundários, foi observado que não houve diferença significativa na percepção de melhora global (p=0,757) e tempo de alta (p=0,415). Conclusão: O tipo de LCS não foi preditor para melhorar a intensidade de dor, diminuir o grau de funcionalidade, aumentar a percepção de melhora global, ou reduzir o tempo de alta. Em relação ao tipo de lócus de controle, não houve mudanças significativas entre os grupos após no momento da alta ou após três meses de intervenção.

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Publicado

2025-07-14

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Crenças biopsicossociais em pacientes com dor lombar crônica como preditores para tempo de alta, intensidade de dor, percepção de melhora global e grau de funcionalidade. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 14(1), 69. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/349

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