Associação entre dor musculoesquelética e práticas alimentares em gestantes de alto risco internadas na unidade materno-infantil de um hospital universitário federal do maranhão/ brasil

Autores

  • Maria Patricia Rodrigues Santos Barroso Autor

Palavras-chave:

Gestação de Alto Risco, Gravidez – Complicações, Nutrição Materna, Dor Musculoesquelética

Resumo

Introdução: A gestação é um período em que ocorrem mudanças fisiológicas, físicas, emocionais e sociais que podem trazer experiências negativas para a mulher. Conhecêlas, preveni-las e tratá-las é fundamental para a garantia da saúde e bem-estar da mãe e do bebê, sobretudo em casos em que os riscos de desfechos negativos são naturalmente maiores, como na gestação de alto risco. Objetivo: Investigar a relação entre dor musculoesquelética generalizada com o estado nutricional, qualidade da dieta e fatores gestacionais em gestantes de alto risco internadas na unidade materno-infantil de um Hospital Universitário Federal no estado do Maranhão, Brasil. Métodos: Estudo seccional com a participação de 194 mulheres classificadas com gravidez de alto risco. Para a avaliação das práticas alimentares foi utilizado o Formulário para Avaliação de Hábitos Alimentares adaptado do Guia Alimentar para a População Brasileira. Para avaliação de dor musculoesquelética foi aplicado o Brief Pain Inventory (BPI-B). As informações sociodemográficas, gestacionais e antropométricas foram obtidas por meio de anamnese e acesso ao prontuário médico. A associação entre as variáveis de exposição e desfecho foi verificada por meio de um modelo de regressão logístico em que foi considerado como dor generalizada a presença de quatro ou mais locais de dor (R-4.3.0 for Windows). Resultados: As participantes do estudo 28,7 ±7,0 anos de idade; 29,2 ±7,6 semanas de gestação eram em sua maioria sedentárias (n=186; 95,9%) e tinham como principais causas de internação infecção do trato urinário (13,7%; n=34), diabetes gestacional (10,9%; n=27) e trabalho de parto prematuro (9,7%; n=24). Um total de 30,4% (n=59) foram classificadas como alimentação saudável, 49% (n=95) como no caminho para uma alimentação saudável e 20,6% (n=40) como alimentação pouco saudável e prazerosa. Cerca de 30% (n=55) declararam sentir dor, sendo 12,9% (n=25) em quatro ou mais locais (intensidade de dor = leve; média=1,6 ± 2,7). No modelo de regressão logística observou-se que o trabalho prematuro de parto (OR=10,6; p<0,001) e infecção do trato urinário (OR=4,1; p=0,02) foram as variáveis com mais forte associação com dor generalizada. Conclusão: Nas gestantes de alto risco investigadas, a prevalência de dor musculoesquelética foi de 30% e a maior parte apresentou alimentação saudável ou no caminho para alimentação saudável de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira. As variáveis gestacionais, ou seja, motivo da internação – trabalho prematuro de parto e infecção do trato urinário – foram as que mais aumentaram a chance de dor musculoesquelética generalizada.

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Publicado

2025-07-08

Como Citar

Associação entre dor musculoesquelética e práticas alimentares em gestantes de alto risco internadas na unidade materno-infantil de um hospital universitário federal do maranhão/ brasil. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 13(2), 64. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/287

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