Análise comparativa entre a prevalência de sintomas osteomusculares e queixas psicossociais em trabalhadores de um hospital municipal e de um hospital federal

Autores

  • Fabiana de Sousa Nitão Centro Universitário Augusto Motta Autor

Palavras-chave:

Saúde do Trabalhador, Doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho, Sintomas osteomusculares, Fatores Psicossociais

Resumo

Introdução: Os trabalhadores que atuam no campo da saúde usualmente são expostos a uma elevada carga de trabalho. No contexto hospitalar, os trabalhadores prestam assistência diária, contínua e por vezes ininterruptas e, dependendo da função, do setor bem como da organização do trabalho, podem ser submetidos a fatores que podem levar à fadiga física e/ou mental, ao estresse e às doenças ocupacionais. Objetivos: Comparar a prevalência de sintomas osteomusculares e queixas psicossociais entre trabalhadores de um hospital municipal e de um hospital federal bem como comparar o nível de atividade física entre os mesmos. Métodos: Estudo Observacional Transversal, realizado em dois hospitais públicos em São Luís – MA. Participaram do estudo trabalhadores dos dois hospitais, recrutados por conveniência, independente do sexo. Foram utilizados como instrumentos de coleta, o Questionário Nórdico de Sintomas Musculoesqueléticos, ficha para caracterização da amostra, triagem das variáveis psicossociais e Questionário Internacional de Atividade Física. As médias dos grupos para as variáveis observadas foram comparadas, assim como o percentual de ocorrência das queixas osteomusculares e do nível de atividade física. Resultados: No HU-UFMA, participaram 101 colaboradores com idade média de 42 anos (DP±7,2), 84% do sexo feminino, 84% trabalham em setor assistencial, 54% apresentam comorbidade e 44% sentiam dor no momento; 75,2% sentiram dor ou desconforto nos últimos 12 meses; apresentaram média de 5,2 (DP±3,0) para ansiedade, 4,9 (DP±3,0) para estresse e 3,2 (DP±3,2) para depressão; 12,8% são muito ativos, 27,7% são ativos e 25,7% são sedentários. No HMDM, participaram 102 trabalhadores com média de idade de 49 anos (DP±6,7), 86% do sexo feminino, 78% trabalham em setor assistencial, 57% apresentam comorbidade e 43% sentiam dor no momento; 82,3% sentiram dor ou desconforto nos últimos 12 meses; apresentaram média de 1,2 (DP±1,1) para ansiedade, 0,6 (DP±0,8) para estresse e 2,8 (DP±3,7) para depressão; 10,7% são muito ativos, 24,5% são ativos e 29,4% são sedentários. Conclusão: Os trabalhadores do hospital universitário federal apresentaram menos sintomas osteomusculares e maior nível de atividade física quando comparados com os trabalhadores do hospital municipal de urgência e emergência. Entretanto, os trabalhadores do hospital municipal de urgência e emergência apresentaram resultados melhores nas variáveis psicossociais pesquisadas. Esses resultados sugerem a necessidade de implantação e/ou ampliação de estratégias para prevenção e promoção de Saúde do Trabalhador no contexto hospitalar.

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Publicado

2025-09-23

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Análise comparativa entre a prevalência de sintomas osteomusculares e queixas psicossociais em trabalhadores de um hospital municipal e de um hospital federal. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 15(1). https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/378

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