Acurácia do procedimento palpatório do processo espinhoso da sétima vértebra cervical
Palavras-chave:
Palpação, Coluna Cervical, Acurácia, Teste de MobilidadeResumo
Introdução: No exame físico da coluna cervical, a Anatomia Palpatória é condição sine qua non no auxílio da identificação e localização das desordens musculoesqueléticas. Além disso, a palpação é a base para a utilização de técnicas específicas em determinados tratamentos. Entretanto, em oposição às expectativas dos profissionais que utilizam a palpação para realizar diagnósticos e tratamentos, os níveis de acurácia e reprodutibilidade dos estudos tem um grande viés metodológico. Há uma escassez de pesquisas nesta área e consequentemente uma necessidade de uma sistematização da investigação palpatória da coluna cervical, em especial, na verificação da acurácia do teste de mobilidade e a influência da diversidade dos indivíduos, no que diz respeito, aos aspectos antropométricos como: peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e idade. Objetivos: Avaliar a acurácia do procedimento palpatório de movimento (Teste de Flexão e Extensão) para a localização do processo espinhoso de C7; determinar a margem de erro palpatório do processo espinhoso de C7; determinar as possíveis relações entre a acurácia e as variáveis independentes: altura, peso, idade, gênero e IMC, bem como a variável dependente: coincidência entre a vértebra mais proeminente e a determinação da provável espinhosa de C7, pelo Teste de Flexão e Extensão e determinar as relações entre o erro palpatório e as variáveis independentes e dependentes citadas anteriormente. Métodos: Neste estudo observacional participaram 101 sujeitos adultos, de ambos os gêneros, onde um marcador metálico foi usado para identificar o processo espinhoso de C7, a partir do teste de mobilidade de Flexão e Extensão, sendo posteriormente confirmado através de exame radiológico. Os dados de caracterização da amostra foram analisados através de estatística descritiva e a relação entre as variáveis dependentes e independentes foram obtidas através de uma regressão logística, com o p valor ≤ 0,05. Resultados: Dos sujeitos avaliados 48,5% são homens, com uma média de idade de 56,8 anos (DP±14,9) e uma média de IMC de 25,54 kg/m2 (DP ± 5,5). Referente aos acertos, em 54,5% dos casos ocorreu a correta identificação do processo espinhoso de C7. Os nossos dados apontaram para um viés de mensuração de 45,5%, com uma prevalência de localização em C6 de 60,9%. Na análise dos dados, a coincidência da vértebra mais proeminente com a localização da vértebra estacionária (C7) através do Teste de Flexão e Extensão e o acerto da localização do processo espinhosos de C7 verificado pelo Raio X, foi significante (p=0,021). Sobre a relação entre o IMC e o acerto da localização do processo espinhosos de C7, os nossos dados apontaram para uma relação significativa (p=0,05). Conclusão: A localização do processo espinhoso de C7 torna-se mais acurada em indivíduos com IMC ≤ 25 e cuja localização da vértebra mais proeminente se faça de forma coincidente com a localização da vértebra estacionária (C7), determinada pelo Teste de Flexão e Extensão.
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