Start back e örebro como preditores de dor e incapacidade em pacientes com dor lombar crônica inespecífica submetidos à fisioterapia
Palavras-chave:
Dor Lombar, Incapacidade, STarT Back, Örebro, FisioterapiaResumo
Introdução: Questionários para triagem foram desenvolvidos para auxiliar os fisioterapeutas a avaliar o risco de um paciente com dor lombar aguda desenvolver dor crônica e incapacidade. Entretanto, existem poucos estudos avaliando a capacidade preditiva desses questionários no que diz respeito à melhora com a fisioterapia. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar se ambos scores e categorizações obtidos pelos questionários STarT (Subgroups Target Treatment) Back Screening Tool e Örebro Musculoskeletal Pain Screening Questionnaire podem ser considerados preditores de dor e incapacidade em pacientes com dores lombares crônicas inespecíficas que foram submetidos à fisioterapia. Métodos: Este estudo possui delineamento observacional longitudinal através da análise secundária pré-planejada de um ensaio clínico aleatorizado controlado (n=132) que encontrase em fase final de coleta de dados na cidade do Rio de Janeiro. Para a predição dos desfechos dor e incapacidade serão usados 4 modelos de regressão linear múltipla em que os escores e as categorizações dos questionários STarT Back e Örebro serão as variáveis independentes e a melhora (diferença pré-pós) da dor (0-10) e da incapacidade (0-100%) serão as variáveis dependentes. Resultados: Houve associação entre o escore do questionário STarTBack e melhora de dor (beta 0,33, [IC 95% 0,08–0,58]) e também entre a categoria alto risco do STarTBack e melhora de dor (beta 2,82, [IC 95% 0,57–5,08]). Não houve associação entre o escore do STarTBack e melhora de incapacidade (beta 1,29, [IC 95% -0,01–1,61]), assim como entre a categorização do STarTBack e melhora na incapacidade (beta 9,31, [IC 95% -2,44–21,08]). Não houve associação entre o escore do questionário Örebro e melhora de dor (beta 0,01, [IC
95% -0,04–0,06]) e também entre as categorias do Örebro e melhora de dor (beta 0,6, [IC 95% -1,85–3,05]). Também não houve associação entre o escore do Örebro e melhora de incapacidade (beta -0,04, [IC 95% -0,33–0,23]), assim como entre a categorização do Örebro e melhora na incapacidade (beta 1,13 [IC 95% -11,5–13,76]). Conclusão: Indivíduos com maior pontuação no escore total no questionário STartBack apresentaram maior melhora na intensidade de dor, assim como a categoria de alto risco de cronificação no STarTBack previu uma maior melhora no mesmo desfecho. Entretanto o STartBack não foi capaz de predizer a melhora da incapacidade. Em relação ao questionário Örebro, as análises mostraram que esse questionário não foi capaz de predizer os desfechos intensidade de dor e incapacidade em pacientes com dores lombares crônicas inespecíficas que foram submetidos à fisioterapia.
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