Intervenção fisioterapêutica na disfunção do sistema vestibular – uma abordagem pragmática para vertigem posicional paroxística benigna.
Palavras-chave:
Vertigem Posicional Paroxística Benigna, Vertigem, Desequilíbrio, Fisioterapia VestibularResumo
Introdução: A Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) é caracterizada por uma tontura rotatória com duração de segundos e apresenta grande prevalência dentre as disfunções do sistema vestibular. A VPPB pode ser tratada pela fisioterapia vestibular que utiliza manobras cefálicas e estímulos proprioceptivos para correção das disfunções. Objetivo: Descrever o efeito clínico de uma abordagem pragmática como recurso terapêutico no tratamento da VPPB. Métodos: Trata-se de um estudo experimental não controlado, no qual foram incluídos pacientes do setor de fisioterapia ambulatorial do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, tendo como queixa principal vertigem rotatória, tontura, instabilidade postural ou desequilíbrio, independente do sexo e com idade superior a 18 anos. Além da coleta dos dados sociodemográficos, os participantes foram avaliados por meio do índice de disfunção vestibular (IDV - modificada) de Jacobson, antes e após a realização das manobras cefálicas e exercícios vestibulares. Resultados: Foram selecionados 34 indivíduos, sendo 85% do sexo feminino e a média de idade foi de 59,6 anos (± 13,6). Todos os indivíduos apresentavam alteração em canal posterior, sendo o diagnóstico mais frequente VPPB unilateral tipo canalitíase à direita (68%) seguido de VPPB Unilateral tipo canalitíase à esquerda (32%). Nenhum indivíduo apresentou otólitos em direção aos canais semicirculares laterais, nem aderidos à cúpula (cupulitíase). A comparação entre as médias do IDV-MODIFICADO antes (47,6 ±5,6) e após a intervenção (3,1 ±2,1) revelou que o tratamento proposto foi clinicamente efetivo para a população do estudo (p= 0,001). O cálculo do tamanho do efeito (effect size) evidenciou que a intervenção apresentou grande efeito clínico Cohens´d = 2,73 (2,01-2,44; IC 95%). Conclusão: As manobras fisioterapêuticas voltadas exclusivamente para o sistema vestibular foram clinicamente efetivas para a população estudada.
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