O efeito de diferentes técnicas de biofeedback sobre o nível de ativação muscular em ortostatismo, um estudo comparativo não-randomizado
Palavras-chave:
Biofeedback, Eletromiografia, Controle Postural, Feedback VisualResumo
Introdução: O biofeedback visual tem se mostrado eficiente para treinamentos do equilíbrio a fim de diminuir a oscilação corporal. Ainda não se sabe quais estratégias o sistema de controle postural utiliza para reduzir o balanço postural em ortostatismo, seja por meio da atenuação ou da maior ativação dos músculos posturais. Objetivo: Investigar o efeito de diferentes tipos de biofeedback visuais sobre a atividade muscular e o equilíbrio postural em ortostatismo em jovens adultos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo. Vinte e dois participantes (14 mulheres) participaram do estudo e realizaram quatro tarefas posturais sobre a plataforma de força durante 60 segundos: 1) Sem Biofeedback (controle); 2) Biofeedback por posturografia; 3) Biofeedback por laser portátil, controlado tanto pelo movimento do punho quanto pelo movimento do corpo. Foram analisadas a amplitude raiz quadrática média (RMS) do eletromiograma de superfície (EMG) coletado dos músculos gastrocnêmio medial e tibial anterior, e o desvio padrão do deslocamento do centro de pressão (CoP) nas direções ântero-posterior (AP) e médio-lateral (ML). Resultados: A amplitude RMS (mediana; intervalo interquartil) do tibial anterior foi maior nas tarefas de laser punho (46,0; 30,0 uV) e biofeedback por posturografia (44,0; 25,0 uV), quando comparada com a condição sem biofeedback (39,0; 13,0 uV) (P<0.05). Não foram encontradas diferenças significativas entre as tarefas sem biofeedback e laser corpo (39,0; 16,0 uV) (P=0.738). Para o gastrocnêmio medial, não foi encontrado efeito principal da tarefa para a amplitude RMS (P=0.837). O desvio padrão do deslocamento do CoP na direção AP foi maior nas tarefas laser corpo (9,585; 6,097 mm) e laser punho (8,272; 3,307 mm) do que sem biofeedback (7,071;
2,693 mm) (P<0.05). Uma diferença significativa na variabilidade do CoP AP foi observada entre biofeedback por posturografia (5,858; 2,248 mm) e a tarefa sem biofeedback (7,071; 2,693 mm) (P=0.052). Na direção ML, não foram encontradas diferenças no desvio padrão do deslocamento do CoP entre as tarefas (P=0.169). Conclusão: Diferentes tipos de biofeedback parecem conduzir o aumento do esforço muscular a nível do tornozelo na posição ortostática.
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