Incidência e fatores de risco do linfedema em mulheres submetidas à mastectomia, com ou sem reconstrução mamária
Palavras-chave:
Neoplasias De Mama, Reconstrução, Incidência, Linfedema, Fatores De RiscoResumo
Introdução: O linfedema é uma das principais complicações decorrentes do tratamento do câncer de mama. Objetivo: O objetivo desse estudo é avaliar a incidência e os fatores de risco para o desenvolvimento de linfedema em mulheres mastectomizadas, com ou sem reconstrução mamária. Métodos: Estudo de coorte em mulheres submetidas à mastectomia no Hospital do Câncer III/INCA. As mulheres foram acompanhadas por um longo período de seguimento. Foram coletadas variáveis relativas aos tratamentos realizados. Resultados: Foram incluídas no estudo mulheres submetidas a mastectomia. No total, 94 mulheres foram submetidas à reconstrução mamária, sendo 47 (7,6%) imediato e 47 tardio (8,2%). A incidência de linfedema na população total foi de 32,8%. O linfedema se desenvolveu após em média 94,94 meses do tratamento cirúrgico. Entre aquelas submetidas à reconstrução, 25 desenvolveram linfedema, em média, após 93,37 meses do tratamento cirúrgico. Já as mulheres não submetidas à reconstrução, 179 tiveram linfedema, em média, após 105,95 meses (p=0,035). Na análise de regressão de Cox, as mulheres submetidas à reconstrução mamária tiveram 36% menos risco de evolução para linfedema em relação às não submetidas a essa cirurgia (HR=0,64 IC 96% 0,42 - 0,98, p=0,038). Após ajuste pelo estadiamento, houve redução do risco de linfedema em 32%, porém sem significância estatística (HR=0,68 IC 95% 0,45 - 1,04, p=0,073). Conclusão: Mulheres que realizaram reconstrução da mama apresentaram menor chance de evoluir para o linfedema do que as que não realizaram.
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