Avaliação do limite de estabilidade de atletas de rúgbi em cadeira de rodas e sua relação com a classificação funcional e o nível competitivo
Palavras-chave:
Classificação Paralímpica, Controle Postural Sentado, Estabilidade de Tronco, Esporte AdaptadoResumo
Introdução: O Rúgbi em Cadeira de Rodas (RCR) é uma modalidade adaptada criada para indivíduos com tetraplegia ou tetra-equivalência. Geralmente, os atletas de RCR apresentam uma perda parcial ou total da função de tronco, o que afeta diretamente a estabilidade na postura sentada. Sendo a função de tronco um importante fator no processo de classificação funcional, é interessante determinar como a função de tronco se correlaciona com a pontuação na classificação funcional e nível competitivo. Objetivo: O objetivo do estudo foi investigar o Limite de Estabilidade (LE) de atletas de Rúgbi em Cadeira de Rodas (RCR) e sua relação com a classificação funcional e o nível competitivo. Métodos: Vinte e oito participantes foram recrutados de equipes nacionais de RCR. Os atletas foram distribuídos em três grupos de acordo com sua classificação: grupo de pontuação baixa (0.5-1.5 pontos); grupo de pontuação média (2.0-2.5 pontos) e grupo de pontuação alta (3.0-3.5 pontos). Os participantes foram posicionados sentados sobre uma plataforma de força localizada em cima de um bloco de madeira. A tarefa realizada consistia em inclinar o corpo o máximo possível em oito direções pré-estabelecidas, indicadas em uma tela de computador. As coordenadas do centro de pressão (CP) foram calculadas a partir das forças de reação do solo adquiridas com a plataforma de força. O LE foi computado como a área da elipse de 68% de intervalo de confiança ajustado aos pontos correspondentes ao máximo deslocamento do CP nas oito direções. Resultados: Não foi observada diferença do LE entre atletas que competem a nível nacional e internacional (P=0,722). No entanto, o LE foi aproximadamente 2 vezes maior em atletas do grupo de pontuação alta do que do grupo de pontuação baixa (P=0,030). O LE do grupo de pontuação média não foi diferente daquele obtido nos grupos de pontuação baixa e pontuação alta (P>0,149). Conclusão: A classificação esportiva é influenciada pelo LE, mas não pelo nível competitivo doa atletas de RCR. Nossos resultados destacam a utilidade do LE como uma medida válida de um acometimento específico (alteração da função do tronco), resistente ao treinamento, e que potencialmente pode ser empregada no desenvolvimento de uma classificação baseada em evidências no contexto do RCR.
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