Padrão de toque do pé no solo durante a corrida, fatores psicossociais e dores musculoesqueléticas em candidatos a aspirante da escola naval

Autores

  • Roberta Mendonça Braga Autor

Palavras-chave:

Corrida, Acurácia, Autorrelato, Militares, Movimento

Resumo

Introdução: Disfunções musculoesqueléticas representam a segunda maior causa de incapacidade no mundo. Em militares, essas disfunções representam a principal causa de hospitalização e atendimentos ambulatoriais. São mais frequentes nos iniciantes e estão relacionadas à grande demanda de corrida. Dado o tamanho impacto econômico e logístico que estas disfunções acarretam, estudos com militares são necessários. Dentre as exposições ainda pouco estudadas, estão o padrão de contato do pé no solo e a influência dos fatores psicossociais. Objetivo: Analisar a validade do autorrelato do padrão de toque do pé no solo (PTPS) durante a corrida; analisar a associação entre o padrão de toque do pé no solo durante a corrida e dores musculoesqueléticas nos membros inferiores; analisar a associação entre fatores psicossociais e dores musculoesqueléticas nos membros inferiores em candidatos a aspirante da escola naval. Métodos: Foi realizado um estudo observacional longitudinal através da análise de questionário de autopreenchimento com informações sociodemográficas, antropométricas, localização, intensidade e frequência da dor e fatores psicossociais (transtornos mentais comuns [TMC] e eventos de vida produtores de estresse [EVPE]). O tipo de padrão de toque do pé no solo foi avaliado através de filmagem do gesto da corrida em alta frequência (240HZ) e analisado pelo KINOVEA. Para a análise de validade do autorrelato do PTPS foram calculadas a sensibilidade, a especificidade e as razões de verossimilhança e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Foi utilizada análise de regressão logística para testar a associação entre as variáveis de exposição (PTPS e fatores psicossociais) e de desfecho (DMEs). Foram apresentadas as razões de chance (RC) e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: A proporção dos corredores com o antepé e mediopé durante a corrida descalça foram de 31.9% e 21.1%, respectivamente. Durante a corrida calçada a frequência destes padrões reduziram para 9,2 e 9,7% respectivamente. O autorrelato comparado com a análise de vídeo calçado e descalço mostrou respectivamente, uma sensibilidade de 68% (IC 95% 49 - 83) e 47% (IC 95% 36 - 58); e uma especificidade de 66% (IC 95% 57 - 74) e 67% (IC 95% 55 - 77). A razão de verossimilhança positiva (LR+) foi 1.99 (IC 95% 1,42 – 2,79) e 1.40 (IC 95% 0,95 – 2,07); e a razão de verossimilhança negativa (LR-) foi 0.49 (IC 95% 0,29 - 0.83) e 0.80 (IC 95% 0,62 – 1,03). As análises de regressão logística (apêndice, artigo 2) mostraram que transtorno mental comum foi fator de risco (OR 2,27 IC 95% 1,01 até 5,08) para a dor musculoesquelética nos membros inferiores. Conclusão: A corrida descalço induz uma mudança no padrão do toque do calcanhar para antepé ou médio pé. O autorrelato do tipo de toque durante a corrida não se mostrou uma ferramenta acurada para substituir a análise de vídeo. O transtorno mental comum aumenta o risco de dores musculoesqueléticas nos membros inferiores em militares durante o período de adaptação.

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Publicado

2025-05-20

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Padrão de toque do pé no solo durante a corrida, fatores psicossociais e dores musculoesqueléticas em candidatos a aspirante da escola naval. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 6(1), 75. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/115

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