Modelos preditivos de qualidade de vida, capacidade funcional e fadiga em indivíduos com acromegalia
Palavras-chave:
Acromegalia, Análise de Onda de Pulso, Qualidade de Vida, Fadiga, Aptidão FísicaResumo
Introdução: A acromegalia é uma doença sistêmica crônica, decorrente da produção excessiva do hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo I (IGF-I). Pacientes com acromegalia geralmente apresentam limitações clínicas, no entanto a influência destas características na qualidade de vida, na capacidade funcional e na fadiga geral são pouco conhecidas. Objetivo: Avaliar se o perfil hormonal, a função arterial e a capacidade física são preditores para a qualidade de vida, capacidade funcional e fadiga geral em pacientes com acromegalia. Métodos: Este estudo observacional transversal incluiu 23 pacientes (17 com doença ativa e 6 com doença controlada), acompanhados no ambulatório médico de acromegalia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasil. Os participantes foram submetidos à análise laboratorial; análise de composição corporal; avaliações de função arterial periférica (análise da onda de pulso - com velocidade da onda de pulso (VOP), complacência arterial (CA) e índice da primeira onda de reflexão (IR1,2); de capacidade física (manovacuometria, dinamometria de membro superior dominante (DMSD) e do teste de caminhada de seis minutos (TC6M)). Além disso, foram utilizados questionários de qualidade de vida (AcroQoL), de atividade física (IPAQ) e escalas de fadiga geral (FACIT-F e MFIS). Foi realizada análise multivariada, testando-se diferentes modelos de regressão linear múltipla para identificação de preditores para o AcroQoL, TC6M e MFIS. O coeficiente de determinação foi utilizado para classificação da qualidade de ajuste dos modelos, considerando-se o nível de significância de 5%. Resultados: O modelo preditivo com melhor ajuste para AcroQoL apresentou R2 = 0,247; R2 ajustado = 0,128; estimativa de erro padrão = 16,783 e P = 0,137. A equação de regressão foi: AcroQoL = 38,706 + (2,541 x IGF-I) - (1,555 x CA) + (35,174 x DMSD). O TC6M apresentou R2 = 0,165; R2 ajustado = 0,034; estimativa de erro padrão = 0,145 e P = 0,318. A equação de regressão foi: TC6M = 0,844 + (0,000155 x IGF-I) - (0,0788 x IR1,2) + (0,372 x DMSD). Para MFIS apresentou R2 = 0,378; R2 ajustado = 0,280; estimativa de erro padrão = 16,081 e P = 0,026. A equação de regressão foi: MFIS = 48,855 - (7,913 x IGF-I) + (1,483 x CA) - (23,281 x DMSD). Conclusão: A fadiga geral de pacientes com acromegalia pode ser predita, com significância estatística, por variáveis hormonal, de integridade vascular periférica e física.
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