Estudo de validade do cardiofrequencímetro como instrumento para avaliação do controle autonômico cardíaco em indivíduos com lesão medular

Autores

  • Patricia Marques Lisboa Aroso de Castro Autor

Palavras-chave:

Reabilitação, Sistema Nervoso Autônomo, Lesão da Medula Espinhal, Determinação da Frequência Cardíaca

Resumo

Introdução: Na lesão medular podem ocorrer alterações no sistema nervoso simpático, que modificam o controle autonômico cardíaco e, consequentemente, há um aumento do risco de mortalidade por questões cardiovasculares. O controle autonômico cardíaco pode ser avaliado pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC), sendo o eletrocardiograma o método padrão-ouro. A sua utilização, contudo, é limitada a ambientes laboratoriais, sendo necessária a busca de ferramentas que possam ser igualmente úteis para este fim e que permitam uma aplicação prática no dia-a-dia. Objetivo: Investigar a validade do cardiofrequencímetro na avaliação do controle autonômico cardíaco de indivíduos com lesão medular. Métodos: Estudo transversal com 28 indivíduos, divididos em três grupos: 10 com paraplegia, 09 com tetraplegia, e 09 sem lesão medular. Os sinais do eletrocardiograma e do cardiofrequencímetro foram mensurados no repouso, na posição sentada, durante 10 minutos. Utilizou-se a janela dos últimos 5 minutos para a contagem dos intervalos RR e subsequente cálculo dos índices da VFC (métodos lineares nos domínios do tempo e da frequência). Foram realizadas comparações entre os subgrupos do estudo (Anova de um fator com post hoc de Tukey) e a verificação da validade das medidas geradas a partir do cardiofrequencímetro foram verificadas pelo coeficiente de correlação
intraclasse (ICC2,1) e pela abordagem gráfica de Altman e Bland. O nível de significância estatística foi de 5%. Resultados: No domínio do tempo, tanto no grupo com tetraplegia quanto no grupo com paraplegia foi observada confiabilidade excelente (ICC2,1> 0,75; p <0,01) em todos os índices de VFC considerados. No domínio da frequência, no grupo com paraplegia, todos os índices também apresentaram confiabilidade classificada como excelente. No grupo com tetraplegia, a confiabilidade dos índices VLF (p = 0,69; Loa = -1099,8; 712,8) e LF/HF (p = 0,68; Loa = -4,4; 4,3) foram classificadas como inaceitáveis (ICC2,1<0,40) e os demais
aceitáveis ou excelentes. Conclusão: O cardiofrequencímetro mostrou-se um instrumento válido para a avaliação da VFC em indivíduos com lesão medular com sequelas de paraplegia e tetraplegia.

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Publicado

2025-06-12

Como Citar

Estudo de validade do cardiofrequencímetro como instrumento para avaliação do controle autonômico cardíaco em indivíduos com lesão medular. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 9(1), 110. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/177

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