Desempenho muscular, composição corporal, dor e funcionalidade em idosos com osteoartrose de joelho

Resumo

Introdução: Nas últimas décadas, o processo de envelhecimento populacional atingiu os países desenvolvidos e subdesenvolvidos e tem sido considerado um aspecto relevante. Esse processo acarreta em um declínio progressivo das funções corporais e alterações na composição corporal. A osteoartrose é a doença articular mais comum, especialmente nos joelhos. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo correlacionar o desempenho muscular, composição corporal, dor e funcionalidade em idosos com osteoartrose de joelho. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, realizado no Laboratório de Análise do Movimento Humano do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), com 21 indivíduos idosos, dos quais 18 mulheres, com 60 anos ou mais, triados no setor de fisioterapia do Centro Municipal de Reabilitação, no bairro do Engenho de Dentro, Rio de Janeiro. Foram realizadas avaliações com bioimpedância elétrica, eletromiografia de superfície, e aplicação do questionário WOMAC. Resultados: A amostra apresentou média de idade 67,36 ± 4,21 anos, percentual de gordura 40,57 ± 6,15%. WOMAC: escore geral 43,27 ± 16,32%. Força máxima 19,95 ± 6,98 kgF. Dor em movimento se correlacionou com os domínios dor (r=0,47; p=0,02), atividade física (r=0,47; p=0,02) e geral (r=0,51; p=0,01). Dor noturna correlacionou-se com dor (r=0,42; p=0,05), rigidez (r=0,55; p=0,01), e com a fadiga muscular. Conclusão: Pode-se concluir que a intensidade da dor está correlacionada à incapacidade funcional dos idosos com OA de joelho e a uma maior prevalência dos sinais de fadiga.