Programa de exercícios domiciliares melhora as atividades de vida diária, a qualidade de vida, a percepção do estado de saúde e dispneia de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica
Palavras-chave:
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Atividades Cotidianas, Qualidade de Vida, Reabilitação, FisioterapiaResumo
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é caracterizada por uma limitação progressiva ao fluxo aéreo expiratório e que apresenta alterações sistêmicas capazes de produzir intolerância ao exercício e dispneia progressiva aos esforços cada vez menores, incluindo as atividades de vida diária (AVD). A reabilitação pulmonar (RP) é a principal estratégia não farmacológica utilizada no tratamento destes pacientes. Os programas de RP, centrados em exercícios domiciliares parecem ser um modelo alternativo, seguro, que pode melhorar o acesso e a aderência aos programas de RP. Objetivo: Dessa forma, o objetivo foi avaliar os efeitos de exercícios domiciliares, autoexecutados, nas AVD, na percepção da dispneia, no estado de saúde, e na qualidade de vida de pacientes com DPOC. Métodos: Estudo quase experimental (antes-e-depois), dos efeitos de exercícios domiciliares por dois meses, três vezes por semana, com um total de 24 sessões. Antes e após o treinamento, os pacientes foram submetidos às avaliações das AVD com o teste de AVD-Glittre, da dispneia pelo mMRC, o estado de saúde por meio do COPD Assessment Test (CAT) e a qualidade de vida com o Saint George’s Respiratory Questionnaire (SGRQ). Resultados: Foram observadas diferenças no tempo do teste de AVD-Glittre ([IC95% 0,19; 1,27]; p= 0,008), a sensação de dispneia ([IC95% 0,18; 1,24]; p=0,009), a percepção do estado de saúde ([IC95% 1,61; 10,61]; p=0,04) e a qualidade de vida ([IC 95% 1,88; 26,10]; p=0,05) na população estudada. Observamos também haver uma correlação fraca e estatisticamente significativa entre o teste de AVD-Glittre e o mMRC (r=0,35; [IC 95% 0,09;0,56]; p=0,009) e uma correlação moderada e estatisticamente significativa entre o teste de AVD-Glittre e o CAT (r=0,5; [IC 95% 0,30; 0,69]; p<0,001), e entre o teste de AVD-Glittre e o SGRQ (r=0,50; [IC 95% 0,27; 0,67]; p<0,001) e uma correlação forte e estatisticamente significativa entre o CAT e o SGRQ (r=0,86; [IC 95% 0,77; 0,91]; p<0,001). Conclusão: Após dois meses os pacientes com DPOC, podem se beneficiar de exercícios domiciliares autoexecutados, orientados por cartilha ilustrada, uma vez que esta proposta melhora as AVD, a qualidade de vida, a percepção de saúde e dispneia.
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