Alterações no sono em pacientes obesos e sua associação com doença de pequenas vias aéreas e sinais no ultrassom pulmonar

Autores

  • Sidney Fernandes da Silva Autor

Palavras-chave:

Obesidade, Distúrbio do Sono, Doença de Pequenas Vias Aéreas, Capacidade Pulmonar Funcional

Resumo

Introdução: A obesidade é uma doença complexa e multifatorial, tem se tornado um desafio global para a saúde pública nas últimas cinco décadas, sendo impulsionada por mudanças nos padrões alimentares e aumento do sedentarismo. Além de afetar negativamente diversas funções fisiológicas, a obesidade está associada à síndrome metabólica, aumentando o risco de doenças não transmissíveis, como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, apneia obstrutiva do sono (AOS) e outros, Como ferramenta de avaliação dos efeitos da obesidade nos pulmões e vias aéreas, temos como ferramentas sensíveis usadas cada vez mais para identificar anormalidades pulmonares o sistema de oscilometria de impulso (IOS) e a ultrassonografia pulmonar (USP). Objetivo: Nosso estudo objetivou correlacionar os riscos de transtornos do sono com anormalidades na mecânica pulmonar, sinais ultrassonográficos anormais e parâmetros antropométricos em adultos com obesidade. Métodos: Foram avaliados cinquenta indivíduos com obesidade quanto ao risco de AOS usando classificação de Mallampati, escala de sonolência Epworth (ESS), questionário STOP-Bang e Sleep Apnea Clinical Score (SACS). Eles também submeteram à IOS, espirometria e USP. Resultados: Foram encontrados os seguintes resultados: espirometria anormal, IOS anormal e sinais anormais na USP foram observados em 24%, 84% e 72% dos participantes, respectivamente. Nenhuma das escalas do sono mostrou diferenças significativas entre os subgrupos com espirometria normal e anormal. Entretanto, a frequência de ESS com alto risco para AOS foi maior no subgrupo com IOS anormal (87,5%) do que no subgrupo com IOS normal (42,9%) (P = 0,024). Em relação aos sinais do USP, a frequência de classificação de Mallampati com alto risco para AOS foi maior no subgrupo com linhas B >2 (80%) do que no subgrupo sem linhas B >2 (25.7%) (P = 0,0003). A frequência de ESS com alto risco para AOS foi maior no subgrupo com a presença de consolidações subpleurais (100%) do que no subgrupo sem a presença de consolidações subpleurais (41,9%) (P = 0,004). Conclusão: Com isso, concluímos que, em adultos com obesidade, quanto maior o risco para AOS, piores são os parâmetros resistivos e reativos medidos pela IOS. Ademais, IOS anormal e sinais anormais no USP são fatores associados à alto risco para AOS.

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Publicado

2025-07-14

Edição

Seção

Dissertações

Categorias

Como Citar

Alterações no sono em pacientes obesos e sua associação com doença de pequenas vias aéreas e sinais no ultrassom pulmonar. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 14(1), 73. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/360

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