Função pulmonar e e variáveis antropométricas de jogadores brasileiros de futebol em cadeira de rodas

Autores

  • Atilla Brandon Sousa Alves Autor

Palavras-chave:

Esporte, Pessoa com Deficiência, Composição Corporal, Função Pulmonar

Resumo

Introdução: O Wheelchair Power Soccer (WPS) é uma das modalidades mais importantes voltadas para pessoas com deficiência física, em especifico as que são usuárias de cadeira de rodas motorizadas, assim, possibilitando uma vivência esportiva dinâmica. Embora o número de praticantes de WPS venha crescendo ao longo dos anos, a modalidade ainda apresenta poucas informações das características dos atletas, sejam elas variáveis antropométricas e informações sobre a capacidade pulmonar, essas que possibilitam conhecer mais sobre os atletas e suas particularidades dentro dessa modalidade. Objetivo: Descrever e correlacionar variáveis antropométricas e de função pulmonar em jogadores brasileiros de WPS. Métodos: Estudo transversal com 26 atletas WPS (28,3±11,0 anos) representando cinco equipes no Campeonato Nacional. Foram realizadas as seguintes medidas antropométricas: massa corporal; estatura; perímetros abdominal, de tórax inspirado e expirado, e braço relaxado e contraído; e dobra cutânea tricipital. A circunferência muscular do braço (CMB) foi calculada para estimar a massa muscular. A função pulmonar foi avaliada com um espirômetro portátil e os seguintes parâmetros foram utilizados para análise: capacidade vital forçada (CVF); volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1); e relação VEF1/CVF. O pico de fluxo da tosse (PCF) foi medido na posição sentada usando um medidor de pico de fluxo. As análises descritivas foram apresentadas como média±desvio padrão e frequência relativa. O coeficiente de correlação de Pearson foi calculado para avaliar as correlações entre as variáveis antropométricas e pulmonares (α=5%; SPSS 17.0) Texto. Resultados: Um total de 53,8% (N=14) teve o perímetro abdominal classificado como risco cardiovascular. Setenta e três por cento (N=19) dos participantes apresentaram circunferência muscular do braço classificada como desnutrição. As médias medidas de CVF e VEF1 respectivamente corresponderam a 73,5±53,0% e 69,5±44,8% dos valores previstos. Na análise do PCF, 15,3% (N=4) foram classificados com necessidade de iniciar um programa de técnicas de apoio à tosse e 7,7% (N=2) como incapazes de proteger as vias aéreas pela tosse. Tanto na relação VEF1/CVF quanto no PCF, o valor médio do grupo estava na faixa de normalidade. As correlações observadas foram: (a) CVF e CMB (r=0,47; P=0,027), perímetro do braço relaxado (r=0,48; P=0,021), perímetro do braço contraído (r=0,49; P=0,024), perímetro torácico inspirado (r=0,41; P=0,049); (b) perímetro do PCF e Δ do braço (r=0,61; P=0,005), perímetro torácico inspirado (r=0,45; P=0,034) e perímetro torácico expirado (r=0,46; P=0,030). Conclusão: A maioria dos jogadores brasileiros de WPS apresentou relação CVF e VEF1 abaixo dos valores previstos, mas VEF1/CVF e PCF na faixa de normalidade, caracterizando um distúrbio ventilatório restritivo. Para mais da metade dos participantes do estudo, o perímetro abdominal indicou risco cardiovascular aumentado e desnutrição CMB.

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Publicado

2025-07-07

Como Citar

Função pulmonar e e variáveis antropométricas de jogadores brasileiros de futebol em cadeira de rodas. (2025). Sistema De Submissão De Trabalhos De Conclusão De Curso, 12(1), 64. https://sstcc.unisuam.edu.br/index.php/ppgcr/article/view/252

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