Efeito agudo da estimulação transcraniana por corrente contínua nos deslocamentos posturais de indivíduos com doença de Parkinson
Palavras-chave:
Controle Postural, Reabilitação Neurológica, Transtornos do MovimentoResumo
Introdução: A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) tem sido amplamente aplicada na reabilitação da doença de Parkinson (DP). Objetivo: No presente estudo, investigou se o deslocamento postural em pacientes com DP é alterado após uma única sessão de ETCC. Métodos: Voluntários diagnosticados com DP foram distribuídos aleatoriamente em um grupo REAL (N=9) ou PLACEBO (N=9), sendo solicitados que permanecessem de pé por 45 segundos com os pés afastados (base aberta) ou alinhados (tandem). A avaliação postural foi realizada antes (pré) e imediatamente após (pós) uma sessão única de 15 minutos de ETCC anódica (2mA) aplicada nas áreas motoras mediais. As coordenadas do centro de pressão foram adquiridas através de uma plataforma de força e transformadas em distância radial (DR). A partir da DR foram calculados o valor RMS, a frequência média e a velocidade média. O valor pós- menos pré-ETCC (delta-ETCC) foi comparado (i) com o valor zero através do teste t para uma amostra e (ii) entre grupos com teste t para amostras independentes. A significância estatística foi fixada em 5%, corrigida para comparações múltiplas. Resultados: Para as posturas base aberta e tandem os valores de delta-ETCC não foram diferente de zero (P>0,08), ou seja, não houve nenhuma alteração significativa em qualquer variável entre os momentos pré- e pós- ETCC. Além disso, não foi observada nenhuma diferença significativa entre grupos (P>0,297), embora um tamanho de efeito moderado tenha sido observado para p valor RMS durante a postura base aberta (d=0,54), indicando uma redução na amplitude do deslocamento postural no grupo REAL (DRRMS=-1.2±2,7mm; média ±SD) comparado com grupo PLACEBO (DRRMS=0.1±2.5mm). Em resumo, uma única sessão de ETCC sobre áreas motoras não apresenta efeito imediato significativo no controle postural de voluntários com DP. Conclusão: Dessa forma, nenhuma recomendação relevante a respeito dos efeitos agudos estimulação elétrica de baixa intensidade se faz necessário para o desenvolvimento de programas terapêuticos destinados a reabilitação da estabilidade postural nessa população.
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