Efeitos do tratamento manipulativo osteopático combinado com tratamento fisioterapêutico em adultos com sequelas pós-covid-19: ensaio clínico aleatorizado pragmático

Resumo

Introdução: A fadiga é um dos sintomas mais comuns como efeito de longo prazo do coronavírus (lCOVID longa). Objetivo: Este estudo tem como objetivo comparar a eficácia do tratamento manipulativo osteopático (TMO) combinado com o tratamento fisioterapêutico (FT) em comparação com o FT sozinho na fadiga e nas limitações funcionais dois meses após a randomização em adultos com COVID longa. Métodos: Este é um protocolo de estudo para um ensaio de superioridade controlado randomizado pragmático, de dois braços, cegado para o avaliador. Setenta e seis participantes serão aleatoriamente alocados para TMO+FT ou FT. O FP inclui intervenções de cuidados usuais, incluindo exercícios motores e respiratórios direcionados às funções cardiorrespiratórias e musculoesqueléticas. O TMO envolve técnicas musculoesqueléticas diretas, indiretas, viscerais e cranianas. Os pacientes serão avaliados antes e após um programa de intervenção de 2 meses, e em 3 meses de follow-up. Os objetivos primários incluem fadiga e limitações funcionais 2 meses após a randomização, avaliado pela Escala de gravidade da Fadiga e pela Escala do
Estado Funcional Pós-COVID. Os objetivos secundários compreendem fadiga e limitações funcionais em 3 meses, e a percepção de mudança pós-tratamento avaliada pela Escala de Mudança Percebida (PCS-paciente). Resultados: Dados preliminares incluindo 24 (32%) pacientes no início do estudo, 13 (17%) e 2 (3%) pacientes com avaliações T2 (60 [60-63] dias) e T3 (91 [91-91] dias) concluídas foram analisados. Há evidência estatística de diferença entre grupos para fadiga (FSS, P<0,01) e capacidade funcional (PCFS, P<0,01) em T2. Nenhuma evidência estatística de diferença entre os grupos foi observada para o efeito global percebido (PCS, P=0,74). Conclusão: Achados preliminares sugerem uma melhora na fadiga e limitações funcionais dois meses após a randomização em pacientes com COVID longa. O estudo continua com recrutamento de pacientes até julho de 2023 para uma análise completa de acordo com o protocolo publicado.