Modulação do deslocamento corporal após exposição à altura virtual em idosos com diferentes níveis de medo de quedas: um estudo observacional transversal
Palavras-chave:
Controle de Equilíbrio, Idoso, Medo de Cair, Realidade Virtual, AvaliaçãoResumo
Introdução: A população idosa cresce aceleradamente em todo o mundo, e as alterações que englobam aspectos biológicos, sociais e psicológicos que caracterizam essa fase da vida podem evoluir para declínios cognitivos e sensório-motores, culminando principalmente em maior risco de quedas. A realidade virtual imersiva (RVI) é uma ferramenta que vem sendo utilizada na área da fisioterapia para fins avaliativos, preventivos e de reabilitação proporcionando experiências realísticas em ambientes seguros e controlados, e foi utilizada nesta pesquisa para investigar se a experiência virtual de grandes alturas influencia o controle de equilíbrio postural de idosos com diferentes graus de medo de queda, tendo em vista os diferentes resultados registrados na literatura sobre a influência do agente estressor altura sobre o controle de equilíbrio corporal em diferentes populações, exceto na de idosos. Objetivo: Investigar se há diferenças na modulação da oscilação corporal de idosos com níveis variados de medo de quedas após a exposição à altura virtual. Métodos: Treze idosos foram incluídos neste estudo piloto de aplicabilidade do tipo observacional transversal, descritivo-analítico. Um head mounted display (HMD) de realidade virtual (RV) foi usado para exposição à altura virtual. A oscilação corporal foi registrada com um acelerômetro embutido em um smartphone posicionado na região lombar dos participantes, antes e depois de ficarem virtualmente em pé sobre uma prancha de madeira a 80 andares de altura. O medo de cair foi acessado com o instrumento Falls Efficacy Scale-International (FES-I)-Brasil. Resultados: Houve um aumento geral na oscilação após a exposição à altura virtual (ANOVA’s P<0.038, 2>0.114), independentemente do nível do medo de quedas (P>0.114). Não houve correlação entre as medidas de oscilação corporal e os escores do FES-I-Brasil (análise de Pearson P>0,089). Conclusão: A exposição à altura com HMD de RV modificou a oscilação corporal de idosos, independentemente de seus níveis de medo de cair, sugerindo que este tipo de exposição pode ser usado para avaliação clínica fisioterapêutica e acompanhamento do desempenho dos sistemas de controle de equilíbrio em programas de reabilitação e prevenção de quedas na população idosa.
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