Reabilitação cardíaca: barreiras pós-alta hospitalar e preditores funcionais de readmissão hospitalar por exacerbação aguda na síndrome coronariana aguda
Palavras-chave:
Função Muscular Periférica e Respiratória, Doenças Cardiovasculares, Síndrome Coronariana Aguda, Readmissão HospitalarResumo
Introdução: O estado funcional dos pacientes com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) na alta hospitalar e seu impacto na readmissão hospitalar ainda não estão claros. Objetivo: Este estudo investiga o poder preditivo das características funcionais e da
Escala de Barreiras à Reabilitação Cardíaca (EBRC) com readmissão hospitalar em 30 dias após a alta hospitalar em pacientes com SCA, além disso, explora o poder preditivo de características funcionais com a EBRC 30 dias após a hospitalização por exacerbação da SCA. Métodos: Foi realizado um estudo em duas etapas: análise transversal com 130 participantes e longitudinal com 320 participantes. Na alta hospitalar, os participantes realizaram testes de capacidade funcional para avaliar a força muscular respiratória (PIMax e PEMax), força de preensão manual (FPM) e a distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Após 30 dias da alta hospitalar, os participantes responderam à EBRC, dividida em quatro domínios: necessidades percebidas/fatores da assistência à saúde, fatores logísticos, conflitos de trabalho/tempo e comorbidades/estado funcional. Ao mesmo tempo, eles foram avaliados quanto a ocorrência de readmissão hospitalar. Resultados: No estudo transversal foi observado associação entre EBRC com características funcionais. Após ajuste para idade, sexo, índice de massa corporal, pontuação GRACE e tempo de internação, o escore de comorbidades/funcionalidade da CRBS foi inversamente associado ao PIMáx (OR = -0,123, IC95% -0,215 a -0,031). Além disso, o escore de necessidades percebidas/fatores de saúde da CRBS foi associado à PImáx (OR = 0,073, IC95% 0,009 a 0,137). No estudo longitudinal, os preditores funcionais e EBRC foram fatores de risco para redmissão hospitalar. Após ajuste para idade, sexo, índice de massa corporal, pontuação GRACE, tempo de internação e tempo após a alta
hospitalar, o TC6min (OR = 0,981, IC95% 0,968 a 0,994, p = 0,005), PEMax (OR = 0,891, IC95% 0,841 a 0,945, p < 0,001) e pontuação por comorbidades/estado funcional da EBRC (OR = 1,429, IC95% 1,241 a 1,645, p < 0,001) foram fatores de risco para readmissão hospitalar. O TC6min também foi associado com a soma da pontuação EBRC (OR = -0,020, IC95% -0,034 a -0,006, p = 0,005). Conclusão: Nosso estudo destaca o estado funcional tanto como preditor para readmissão quanto como fator associado a barreiras à RC em pacientes com SCA dentro de 30 dias após a alta hospitalar. Estes resultados sublinham a importância da identificação precoce dos déficits funcionais e dos obstáculos à reabilitação cardíaca.
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