Avaliação do condicionamento cardiorrespiratório após infecção por covid-19

Resumo

Introdução: A aptidão cardiorrespiratória é definida como a capacidade que os sistemas circulatório e respiratório têm para fornecer energia durante as atividades físicas prolongadas ou não, e para eliminar produtos da fadiga após o fornecimento de energia. Objetivo: Esse estudo avaliou o condicionamento cardiorrespiratório após a infecção por COVID-19. Métodos e Resultados: A pesquisa foi desenvolvida com 127 mulheres, com uma idade média de 27,54 anos (desvio padrão = 8,16), variando entre 18 e 59 anos, que tiverem infecção confirmada por COVID-19, que estão recuperadas, não apresentem comprometimento funcional grave, são assintomáticas e que aceitaram participar dos questionários e testes avaliativos propostos nesse estudo. Em relação ao tempo decorrido desde a infecção, foi observada a seguinte distribuição: 35,4% (n = 45) com 12 semanas a 1 ano, 33,1% (n = 42) com 1 ano e 6 meses, e 31,5% (n = 40) com mais de 2 anos. A infecção recente pela COVID-19 foi comprovada pelos resultados dos exames IGG e IGM, teste rápido e Swab. Na avaliação funcional, foram coletadas todas as informações sociodemográficas dos participantes e realizados os testes de avaliação do sistema cardiorrespiratório através do pico de fluxo expiratório (Peak Flow), teste de caminhada de seis minutos e escala de esforço modificada de Borg. Os resultados apontaram que, após dois anos da fase aguda da COVID-19, as mulheres que tiveram a infecção apresentam sequelas pulmonares e em outros sistemas. Além de mudanças nos valores pulmonares, elas também experimentam alterações nos sinais vitais e sintomas que afetam sua qualidade de vida, como falta de ar, queda de cabelo, distúrbios do sono, ansiedade e depressão. Conclusão: Portanto, conclui- se que a COVID-19 é uma síndrome que impacta vários sistemas de forma diferente.