Efeito da manobra miofascial em indivíduos hígidos na rigidez do gastrocnêmio lateral por elastografia: um estudo quasi-experimental controlado
Palavras-chave:
Fáscia, Manobra Miofascial, Tecido Fascial, ElastografiaResumo
Introdução: No âmbito das terapias manuais, as intervenções, na estrutura fascial têm sido bastante discutidas na literatura, especialmente nas aderências fibrosas dos componentes do sistema musculoesquelético. As restrições fasciais podem acarretar a diminuição da extensibilidade dos tecidos moles e da amplitude de movimento articular. Apesar da ampla utilização de técnicas de manipulação miofascial, há uma escassez na literatura de investigações sobre a mensuração dos efeitos provocados pelas técnicas miofasciais nas mais diversas disfunções. Neste contexto, a elastografia dinâmica pode fornecer informações acerca da tensão do tecido miofascial e suas possíveis restrições Objetivo: Analisar, por meio da elastografia, as possíveis modificações do módulo de elasticidade (E) do tecido fascial da panturrilha em indivíduos hígidos submetidos a manobra miofascial da cadeia posterior. Métodos: Foi realizado um estudo quasi-experimental, em 25 indivíduos. Os participantes foram submetidos a uma manobra miofascial do tríceps sural no membro inferior esquerdo. Medidas do módulo elasticidade e fotogoniometria da articulação do tornozelo foram realizadas pré e pós a intervenção no músculo gastrocnêmio lateral. O membro inferior contralateral à intervenção foi elegível como controle. Os dados receberam tratamento estatístico, com a caracterização da amostra e dados sociodemográficos. A variável de interesse (tensão fascial) foi analisada por meio do teste de Manny-Whitney com interação entre os grupos (experimental e controle) e a condição (pré e pós-manipulação). Para os dados referentes a fotogoniometria foi aplicado o Teste-t. O nível de significância foi de 95%. Resultados: Não houve efeito principal para nenhum segmento fascial entre os momentos pré e pós manobra na perna do grupo experimental analisados pela elastografia. Conclusão: O presente estudo, baseado em estudos prévios, demonstrou que o ultrassom com a técnica elastografia, modo SSI pode ser uma importante ferramenta para detectar as modificações no grau de tensão tecidual, entretanto os nossos resultados não demonstraram significância estatística, pós-liberação miofascial. Tal fato pode ser explicado que neste experimento, os indivíduos eram hígidos e não apresentavam nenhuma restrição osteomioarticular. Portanto a população de interesse neste estudo não evidenciou a presença de rigidez no segmento fascial analisado. Desta forma, sugere-se novas investigações, em especial com indivíduos que apresentem restrições fasciais significativas para elucidar o efeito da manobra e suas modificações no tecido.
Downloads
Publicado
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.