Correlação entre presença de condição musculoesquelética, sintomas psicológicos, nível de qualidade de vida, qualidade do sono e nível de atividade física em policiais militares
Palavras-chave:
policial, Dor Musculoesquelética, Qualidade de Vida, qualidade do sono, Exercício Físico, Transtornos de estresse traumáticoResumo
A profissão de policial militar é marcada por intensas demandas físicas e psicológicas, que podem comprometer a saúde musculoesquelética, mental, a qualidade de vida, o sono e os níveis de atividade física, devido à exposição a diversos fatores ergonômicos, estresse crônico e risco ocupacional. Objetivo: Este estudo buscou analisar a correlação entre condições musculoesqueléticas (CME), sintomas psicológicos (depressão, ansiedade e estresse), qualidade de vida, qualidade do sono e nível de atividade física em policiais militares do estado do Rio de Janeiro. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal com 73 policiais militares (67,12% homens; idade média de 42,16 ± 6,28 anos) do 34º Batalhão de Polícia Militar. Foram utilizados questionários validados: Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) para CME, Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) para sintomas psicológicos, World Health Organization Quality of Life - bref (WHOQOL-bref) para qualidade de vida, Mini Sleep Questionnaire (MSQ) para qualidade do sono e Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) para nível de atividade física. A regressão logística avaliou associações (p < 0,05). Resultados: A prevalência de CME nos últimos 12 meses foi de 78,08%, com maior acometimento na região lombar (53,42%) e parte superior das costas (42,46%), sendo 35,61% dos casos associados a impedimento funcional. Dificuldades severas de sono afetaram 60,27% dos participantes, enquanto 28,76% foram classificados como sedentários. Sintomas psicológicos foram expressivos, com 43,84% apresentando ansiedade acima do normal (10,95% extremamente severa) e 41,10% com estresse elevado (13,69% severo). A qualidade de vida média foi de 65,36 (± 14,14), indicando nível moderado. A regressão logística revelou associação estatisticamente significativa entre CME nos últimos 12 meses e sintomas de ansiedade (OR = 1,11; IC 95% 1,00-1,23; p = 0,04), mas não com depressão, estresse, qualidade de vida, sono ou atividade física. Conclusão: A correlação entre CME e ansiedade destaca a influência de fatores psicológicos na saúde musculoesquelética dos policiais militares. As altas prevalências de CME, pro-blemas de sono e sedentarismo reforçam a necessidade de intervenções integradas nessa população.
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